quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Está valendo! Portal EcoDesenvolvimento entra no ar nesta quarta-feira
sábado, 22 de novembro de 2008
Humilde: Alex Jordan, colunista deste blog, pede "perdão" pela demora do texto... Perdoem o cara aí, galera!
O cronista irreverente
Por Alex Jordan* [alexjordan341@hotmail.com]
Nesse período, muitas coisas aconteceram. Uma dor de barriga resultante de uma “ajuda” que dei, um convite para sair onde a figura levou o namorado, questões de reflexão, enfim, tinha muito sobre o que escrever. Este início de texto, por exemplo, já mudei dezenas de vezes.
O pior é que ainda não sei sobre o que escrever. Enquanto isso, o texto fica com cara de enrolação, mas, acreditem: essa não é essa a minha intenção... Pronto! Vou tentar me lembrar de situações que passei por esquecer algum detalhe ou coisa importante. Com certeza, foram muitas vezes. Verei se desta vez a minha memória resolve ajudar.
A primeira que me veio à mente foi o dia em que fiquei sozinho e tive que me virar na cozinha (se isso fosse um filme estaria passando agora um flashback). Achei que o bife estava mal passado e fui deixando no fogo. O resultado disso é que virei o “caçador de urubu do Atelier (local onde trabalho)”.
Agora, a cena se passa há quase 20 anos (nada de atrás, seria redundante). Eu, “distraído para a morte” como diria o canto do compositor pernambucano Otto - não sabe quem é? Já ouviu o grande hit Bob? Qualquer um que assistia MTV em 97, 98 lembra do “Ela é do tempo do Bob, é lá do pina de Copacabana...” – mas vamos voltar, antes que eu esqueça do que escrevia. Eu, guri, estava em um Caravan e esqueci o dedo próximo a porta. Quando meu tio percebeu que a porta estava aberta fechou-a e levei um aperto no dedo. Não sei como não perdi o dedo. Quem sabe eu não poderia com quatro dedos me tornar presidente? Piada estúpida, mas falar em menos um dedo e não lembrar de Lula... O curioso é que essa associação deveria ser com tentáculos. Desisto! Melhor esquecer que fiz essas piadas. Próxima!
Fiz um curso pré-vestibular em Abaeté. Lá, fiz algumas amizades. Sou campeão em falar o que não deve e é claro que nesse ambiente não seria diferente. Das amizades que construí, duas besteiras que falei em menos de cinco minutos infelizmente não saíram de minha memória. A primeira foi que conversando com um amigo, diaparei: “mas cavalo dado não se olha os dentes”. Até ai nada mal, não fosse o fato de que lhe faltava dois dentes da frente. Quando percebi, vi um grupo segurando o riso e foi toda aquela situação vexatória. Tentei mudar o rumo da prosa, falei do quanto perigoso era aquele caminho e alguém citou que se ao menos tivesse um policial o caminho seria mais seguro. Cai na asneira de falar mal de policial. Depois de um discurso inflamado, nem percebi os diversos sinais que várias pessoas faziam. Quando me dei conta, lembrei que uma das presentes era casada com um policial. Consegui a proeza de piorar as coisas. Emudeci.
Tem outras histórias que marcam a minha amnésia como a de esquecer de recados, de nomes de entrevistados, datas de entrega de trabalho, pagamentos, ligações e até troco em caixa de supermercado (felizmente a quantia era bem pequena...) A última mancada que minha memória pregou foi esquecer que 21/10, era uma data importante. Fica os parabéns com quase um mês de atraso a um verdadeiro amigo. Não vou citar o nome para não parecer rasgação de seda. Mais é uma pessoa que justifica a existência da palavra amizade.
Eu viajei à 20 quilômetros por hora no Barra 1
Cobrador só chegou ao ao ônibus no meio do trajeto...
"Pense num absurdo. Na Bahia tem precedente". A frase mais emblemática do ex-governador baiano Octávio Mangabeira é o maior clichê do mundo, eu sei, até porque, as circunstâncias do inusitado por aqui nos impedem de recorrer a um pensamento que tenha sido mais criativo e certeiro.
Eu sei que é difícil, mas, por favor: façam um esforço para acreditar no fato que ocorreu comigo na manhã deste sábado, 22/11. Entrei num Barra 1, que vem da Estação Mussurunga, na Av. Paralela, próximo a Unijorge, pois precisava descer no ponto do Detran, para atravessar a passarela e seguir até a Santiago de Compostela, onde trabalho na Assessoria de Comunicação do Galícia. Até aí nada demais.
Ocorre que não havia cobrador do ônibus. Falando sério. O motorista estava lá, na dele. Havia cerca de 45 pessoas no coletivo, mas, ninguém para cobrar a tarifa. Pensei: que maravilha! Seria este sábado o dia escolhido para o "milagre do passe-livre de Salvador?"
E a minha desconfiança de que algo estava errado persistia. A cada parada, mais pessoas entravam no ônibus e faziam a mesma pergunta: - Cadê o cobrador?
Imaginem que o motorista só foi se dar conta de que o ônibus estava sem cobrador quando o veículo já estava perto do Correio: "Oxe! O cobrador não tá aí não?", perguntou, numa espécie de momento zen/não estou nem neste mundo/Gilberto Giliano/.
Foi isso mesmo. Ele não percebeu que havia saído da Estação Mussurunga sem o cobrador! Depois da mais que atrasada constatação, com o carro em movimento, ele passou a telefonar desesperadamente para o colega. Quer saber o que o colega disse a ele?
- Peraí, véi, que eu já tô saindo de casa.
Pasmem. O cobrador deveria estar dentro do ônibus, a partir do ponto de origem (Estação Mussurunga), às 10h20. Eram 10h45 e ele estava saindo de casa para ir para o "trabalho". Vocês acreditam nisso?
Mas o pior ainda está por vir. O motorista passou a andar a 20 quilômetros por hora, sabe para quê? Para que desse tempo de um outro ônibus sair da Estação Mussurunga para trazer o cobrador para o seu posto. Sim, mas e as pessoas? O que elas tem a ver com esse cúmulo de incompetência, falta de compromisso com o usuário do transporte coletivo e bizarra trapalhada???
Começou a confusão. Era gente ligando para a empresa para denunciar o absurdo, gente xingando a mãe do motorista e a mulher do cobrador, gente dando gargalhada, tinha de tudo! E o ônibus a 20 por hora na Av. Paralela...
Quando chegamos, enfim, a região da Madeireira Brotas, eis que gritaram do lado de fora para o motorista esperar, porque, o cobrador havia chegado! Imaginem a cena. Ele atravessou as duas pistas em menos de 15 segundos, esbaforido, sendo xingado e humilhado de todas as formas possíveis. Aos risos, assumiu sua cadeira, às 11h...
Sinceramente, foram raros os momentos em que cogitei encher os dois trapalhões de desaforos, ameaçar chamar a imprensa, denunciar o ocorrido ou coisa assim. Eu estava me cagando de tanto rir com tamanho absurdo. Foi algo inimaginável, inusitado, surreal.
Foi mesmo? Não Murilo, não foi, afinal, já dizia o profeta Mangabeira...
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Mais do grande encontro: João Bosco e Flávio Venturini
Flávio Venturini e a poesia de "Nascente", que já ganhou participação especial de Ed Motta. A composição foi feita em parceria com Murilo Antunes.
Flávio Venturini e João Bosco - dois gênios da Música Popular Brasileira - se apresentam juntos, na noite deste sábado, 22/11, a partir das 21h, no Cais Dourado, Av. Jequitaia, Calçada, Salvador-BA. Os ingressos podem ser adquiridos na Ticket Mix do Shopping Iguatemi. Pista: R$ 40 e Camarote Open Bar: R$ 80.
Se este tem tudo para ser o grande encontro do ano em Salvador, logo, com a permissão do silogismo, ele é imperdível!
Um espião na Toca
Gosto muito de você/leãozinho...
A vida nos revela momentos muito curiosos. Imaginem que irei trabalhar neste domingo, 23/11, na beira do gramado do estádio Manoel Barradas (Barradão), cobrindo a estréia do Galícia (contra o Vitória) no Campeonato Baiano 2008/2009 para o site oficial do clube. Até aí nada demais, eu sei...
Ocorre que quis o destino que esta partida fosse a preliminar de Vitória x Grêmio, jogo válido pela Série A do Campeonato Brasileiro, às 16h (horário da Bahia). Logo, é evidente que eu irei permanecer por lá, a fim de secar o maior rival do Inter mais de perto.
É o único dia do ano que torço para o Vitória... Como bom colorado que sou, não quero que o Grêmio seja campeão brasileiro. Se a rivalidade me permitisse, diria até que torceria para o tricolor gaúcho, porque tamanho título seria bom para o futebol do Rio Grande do Sul, que, aliás, vive um grande momento, já que o Internacional está na final da Copa Sul-Americana. Mas, francamente, a rivalidade não me permite...
Alô, meu conterrâneo Vágner Mancini - técnico do Vitória -, estarei no Barradão para oferecer informações sobre o Grêmio, hein?
Ah, é evidente que depois irei para as arquibancadas, com a minha camisa do Inter, a fim de me juntar aos rubro-negros e colorados de Salvador, afinal, toda a secação é bem-vinda.
Leão: pegue eles leão! Pegue eles!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Dunga: o anão insensível
Qual seria o motivo de minha ira? A convocação desnecessária do meia Alex, do Internacional. Vale lembrar que também logo mais à noite, o Inter representará o Brasil no jogo de volta das semifinais da Copa Sul-Americana, contra o Chivas Guadalajara-MEX, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Se passar desta etapa, o alvi-rubro gaúcho representará o país na final desta competição - que, aliás, ainda não teve sequer um único campeão de terras tupiniquins desde que foi criada.
Em suma, Dunga desconsiderou a importância desta decisão para o Internacional, ao convocar Alex, seu melhor jogador, o mais diferenciado, aquele que pode decidir o jogo a qualwuer instante, num piscar de olhos. De nada adiantaram as solicitações dos dirigentes do Internacional, os argumentos, enfim. A Confederação Brasileira de Futebol não liberou o atleta para servir ao seu clube neste momento tão importante.
Detalhe 1: a partida da seleção é amistosa, não vale três pontos, não vale título, não vale p... nenhuma.
Detalhe 2: Alex é reserva de Elano no time de Dunga. Não começará jogando. Provavelmente, jogará os 15 minutos finais, quando as vaias dos torcedores de Brasília já soarão como notícia em todo o mundo, afinal, não esqueçamos: Dunga também é anão em mentalidade.
O técnico da seleção não manda em nada na CBF, é verdade. Mas ele sequer moveu uma palha para tentar influenciar os dirigentes da instituição desportiva. Ele ficou em cima do muro. Afirmou que não dependia dele e que a seleção também tem seus interesses.
Dunga está sendo ingrato com o clube que o revelou. Esquece que deve tudo o que é ao Internacional e a sua apaixonada torcida. Falta com o bom senso ao convocar Alex, o jogador mais importante do Inter, para ficar no banco de reservas em uma partida que não levará a seleção para lugar algum, enquanto o colorado busca uma vaga na final de uma competição continental.
Mas o Inter, penso eu, é muito maior que isso e irá chegar lá com ou sem Alex, com ou sem o bom senso de Dunga.
Eu já não posso dizer o mesmo da seleção de Dunga, que, só para que não esqueçamos: também é anão em mentalidade.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Dallegrave, símbolo do coloradismo, morre em Porto Alegre
Dallegrave exibe a medalha de campeão da América, em 2006.
sábado, 15 de novembro de 2008
Tons do Caos - ouça a crônica no podcast de Alex Jordan e Murilo Gitel
Caetano e Gil, expoentes da Tropicália, lutaram muito contra à censura.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Vila Santa, Unijorge e a falta de responsabilidade social
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Contente
Estava insatisfeito com uma série de coisas desagradáveis que pude observar em meu último estágio, como bom incomodado que sou, pedi o desligamento e pouco tempo depois estava empregado em uma área surpreendente, o Jornalismo Científico, que agora se transformou na menina dos meus olhos.
Estar trabalhando no Portal EcoD*, que reporta fatos ligados ao conceito de desenvolvimento sustentável tem sido uma experiência única. Já penso, inclusive, em me especializar. Como é bom ter um orientador competente e sensível, como o jornalista Fábio Góis, como é bom trabalhar com uma equipe que visa o crescimento de todos, sem vaidades e egos à flor da pele, como me faz bem saber que o conteúdo que estou ajudando a disseminar pode modificar para melhor a vida das pessoas, em vez de não despertá-las para lugar algum.
Em meio a tudo isso, o encaminhamento do livro-reportagem que estou escrevendo em parceria com Alex Jordan, minha reta final na faculdade e uma série de convites pararelos para fazer "frilas".
Como nem tudo são flores, tive que ir morar na Paralela, deixando a minha amante Cidade Baixa, ao menos nos dias de semana. Mas não dá nada. Nos findis eu sempre estou por lá para visitar a mamãe, os manos e o meu afilhado/sobrinho Otávio, aproveitando para admirar o pôr-do-sol único do Farol da Ponta do Humaitá, além de saborear aquela moqueca de camarão do Boca de Galinha, em Plataforma.
Que fase!
*O portal será lançado oficialmente no dia 17/11, no endereço www.ecod.org.br
Um pouco do que vem por aí
O romantismo de Flávio Venturini...
A genialidade das batidas percussivas do violão de João Bosco...
E eles estarão juntos, em Salvador, no dia 22/11, um sábado, às 21h, no Cais Dourado.
Ingressos? R$ 70 camarote e R$ 35 pista, nos balcões Ticket Mix.
domingo, 9 de novembro de 2008
Flávio Venturini e João Bosco se apresentam juntos em Salvador
João Bosco acompanhará o conterrâneo Flávio Venturini em Salvador.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Sallamaleiko, Obama
O senador Democrata é o primeiro negro a presidir os EUA
Eu não sei dizer se ele será um bom presidente para os Estados Unidos - e para o restante do mundo-, se será honesto ou corrupto, melhor ou pior do que George W. Bush [o filho]. Mas eu tenho uma certeza quanto a vitória do senador Democrata Barack Hussein Obama: ele já é um grande transformador da mentalidade do povo norte-americano por dois motivos bem simples. Explico. Se eu fosse o presidente Lula, diria que nunca antes na história dos states tantos norte-americanos foram as urnas. É um fato. Cabe lembrar que o voto não é obrigatório por lá e a abstenção costuma ser alta. Isso significa dizer que a sociedade estadunidense queria esta mudança como nunca antes. Ponto para Obama.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Sepromi e Irdeb promovem debate sobre a presença do negro no jornalismo
Escultura em cerâmica de Zumbi dos Palmares, por João Paulo Afinowicz.
O evento começará às 15h e contará com a presença da Secretária de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia, Luiza Bairros e do diretor do Irdeb, Póla Ribeiro. As jornalistas Suzana Varjão e Ceres Santos apresentarão as conclusões dos seus trabalhos que analisaram transversalmente a relação sobre a promoção da igualdade racial no jornalismo baiano. O debate e a conclusão serão reproduzidos pela jornalista e professora da UFBA - Malu Fontes.
Mais informações podem ser obtidas no site Novembro Negro.
SERVIÇO:
Série Diálogos: Jornalismo e o Desafio da Promoção da Igualdade Racial
Quando: Dia 05 de Novembro
Horário: ás 15h
Local: Teatro do Irdeb/ Fim de linha da Federação.
Público Alvo: Jornalistas e estudantes de jornalismo
Valor: Gratuito
PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO
15hs – ABERTURA- Luiza Bairros - Secretária de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia- Pola Ribeiro - Diretor do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia
15:15 – RODA DE DIÁLOGO - Ceres Santos - Jornalista e Professora da Universidade do Estado da Bahia/UNEB“Imprensa e ações afirmativas”- Suzana Varjão - Jornalista e Escritora “Micropoderes, macroviolências”- Malu Fontes - Jornalista e Professora da Universidade Federal da Bahia/UFBA
16:15 – QUESTÕES E COMENTÁRIOS DOS(AS) PARTICIPANTES17 – ENCERRAMENTO
sábado, 1 de novembro de 2008
Fora de Ordem - Caetano Veloso
Vapor barato, um mero serviçal do narcotráfico
Foi encontrado na ruína de uma escola em construção
Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína
Tudo é menino e menina no olho da rua
O asfalto, a ponte o viaduto ganindo pra lua
Nada continua
E o cano da pistola que as crianças mordem
Reflete todas as cores da paisagem da cidade que é muito
Mais bonita e
Muito mais intensa do que no cartão postal
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial...
Escuras coxas duras tuas duas de acrobata mulata
Tua batata da perna moderna, a trupe intrépida em que fluis
Te encontro em Sampa de onde mal se vê quem sobe ou desce a rampa
Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais
Parece pôr tudo à prova, parece fogo, parece, parece paz
Parece paz
Pletora de alegria, um show de Jorge Benjor dentro de nós
É muito, é muito, é total
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial...
Meu canto esconde-se como um bando de Ianomâmis na floresta
Na minha testa caem, vêm colocar-se plumas de um velho cocar
Estou de pé em cima do monte de imundo lixo baiano
Cuspo chicletes do ódio no esgoto exposto do Leblon
Mas retribuo a piscadela do garoto de frente do Trianon
Eu sei o que é bom
Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias possíveis sem juízo final
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial...