sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Agora é site!

Prezados amigos,
este Blog não será excluído da web, mas aviso que as postagens passam a ser publicadas no meu site, que já está disponível no seguinte endereço virtual:
Um forte abraço!
MG

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O DOC "Tesouros de Vera" está quase pronto


Neste clip, vocês podem assistir a algumas das imagens que integram o documentário "Tesouros de Vera", filmado no povoado de Santo Amaro de Jiribatuba, no município de Vera Cruz (BA) - Ilha de Itaparica.

Esta produção é assinada pelos jornalistas e documentaristas Alex Jordan, Adilton Borges, André Luís Gomes, Carlos Eduardo Freitas e Murilo Gitel. A edição é de André Eric Frutuoso.

Faltam apenas alguns ajustes.

Fiquem ligados!

domingo, 11 de outubro de 2009

Este blog indica o trabalho de Carlos Latuff

Mundialmente reconhecido como um dos principais cartunistas políticos da atulidade, sobretudo no que diz respeito ao conflito palestino-israelense, o cartunista brasileiro Carlos Latuff se destaca por sua visão crítica da política internacional.
Para ter acesso a boa parte dos trabalhos de Latuff, clique aqui

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Em depoimento ao MPF, vice-governador do RS dá detalhes de suposto "caixa 2" na campanha de Yeda

Foto: Reprodução MPFEm depoimento obtido de forma exclusiva pela RBS TV junto ao Ministério Público Federal (MPF), o vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Feijó (DEM), deu detalhes de como funcionaria o esquema de caixa dois na campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB).
  • Assista à primeira parte da íntegra do depoimento.



terça-feira, 6 de outubro de 2009

Flávio Venturini abre o projeto "MPB Canta e Conta Histórias" em Salvador

Foto: Divulgação
Compositor, intérprete e instrumentista da primeira linha da Música Popular Brasileira, o mineiro Flávio Venturini se apresenta no dia 16 de outubro, a partir das 20h, na boate Maddre Disco & Evento, para realizar o show do CD intitulado "Não se apague esta noite" e, ao mesmo tempo, estrear o projeto "MPB Canta e Conta Histórias".
No repertório, um dos integrantes do movimento musical Clube da Esquina apresentará ao público canções do seu mais recente trabalho, como a romântica "Não se apague esta noite" (Lô Borges) e Mantra da Criação, de autoria própria, além de um set list com músicas já consagradas de sua trajetória, a exemplo de "Espanhola", "Todo Azul do Mar", "Céu de Santo Amaro", "Noites com Sol" e "Clube da Esquina nº2".
O projeto MPB Canta e Conta Histórias tem a proposta de estimular o cenário da música romântica na Bahia. Depois de Flávio Venturini, os músicos Cláudio Zoli e Vander Lee serão os próximos a participar na capital baiana, nos meses de novembro e dezembro, respectivamente. O diferencial dessa iniciativa é a sua proposta intimista, na qual o público é convidado a interagir com o artista, o que possibilita a este primeiro fazer perguntas sobre a carreira e intimidade do ídolo.
Os ingressos custam R$ 40 (pista), R$ 250 (mesa para 2 pessoas), R$ 400 (mesa para 4 pessoas), R$ 600 (mesa para 6 pessoas) e R$ 800 (mesa para 8 pessoas). Para adquirir o seu, basta se dirigir até os balcões TickeMix e MOfficer dos shoppings Iguatemi, Barra e Salvador. As reservas de mesas e mais informações sobre o evento podem ser feitas através do número: (71) 3264-0667.
Serviço
O que: show de Flávio Venturini (Não se apague esta noite) - projeto MPB Canta e Conta Histórias.
Quando: 16 de outubro de 2009.
Onde: boate Madrre Disco & Evento - Av. Octávio Mangabeira, nº 2471, Pituba, orla de Salvador.
Horário: a partir das 20h.
Quanto: pista (R$ 40), mesa para 2 pessoas (R$ 250), mesa para 4 pessoas (R$ 400), mesa para 6 pessoas (R$ 600) e mesa para 8 pessoas (R$ 800).
Onde comprar: TicketMix e MOfficer dos shoppings Iguatemi, Barra e Salvador.

domingo, 4 de outubro de 2009

Gracias a la Vida

A homenagem modestíssima deste blog a uma das maiores intérpretes latinoamericanas de todos os tempos.
Sim, a "voz dos sem vozes" se calou neste domingo, 4 de outubro, na Argentina.




Gracias a la Vida é uma composição da chilena Violeta Parra.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Frase do dia

Foto: Ricardo Stuckert/PR
"Eu queria dizer ao companheiro Obama, Zapatero (José Luis Zapatero, presidente da Espanha), Hatoyama (Yukio Hatoyama, primeiro-ministro do Japão), me desculpem, eu estava feliz e vocês, tristes. Mas vocês já foram felizes muitas vezes e a gente triste muitas vezes, mas nós temos o direito de estarmos felizes."

Do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao expressar seu contentamento em razão da escolha do Rio de Janeiro para sede das Olimpíadas de 2016, nesta sexta-feira, 2 de outubro.

sábado, 26 de setembro de 2009

Opinião

"O macho/adulto/branco/sempre no comando/o resto é o resto..." O Estrangeiro (Caetano Veloso).
Segundo a imprensa do Mato Grosso do Sul, o governador deste estado, André Puccinelli se referiu ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, como "viado" e "fumador de maconha", durante reunião com empresários, na semana passada.
Por meio de nota, a assessoria do governo sul-matogrossense se desculpou, ao afirmar que a declaração do governador Puccinelli foi feita em "tom de brincadeira".
Ao comentar a declaração do governador do Mato Grosso do Sul, Minc o chamou de desequilibrado, mas adiantou que não irá processá-lo. “Há, de um lado, o desequilíbrio ambiental, que ele provocaria se a gente deixasse que destruísse o Pantanal como queria, e, por outro lado, há o desequilíbrio patológico”, afirmou o ministro.
A minha opinião sobre este assunto é a seguinte: como é possível, em pleno século 21, que as pessoas procurem agredir as outras por meio de preconceitos tão ignorantes e ultrapassados? Será que a sexualidade e o uso de determinada substância são suficientes para medir o caráter do ser humano? Estes são os critérios? Será que não existem homossexuais e maconheiros mais dignos do que o governador Puccinelli neste mundo?
Eu não afirmo, de forma alguma, que o ministro Minc é homossexual e/ou usuário de maconha, como o governador citado o fez. Agora, se ele for, ninguém deveria ter nada a ver com isso, até porque, pelo que se sabe, o chefe da pasta ambiental do governo federal paga seus impostos tanto quanto aqueles cidadãos purificados, unicamente abençoados por deus, e bonitos por natureza...
As críticas feitas a Carlos Minc deveriam ser limitadas a sua gestão como homem público.
Mas o homofóbico e moralista governador do Mato Grosso do Sul não evoluiu o bastante para entender esse tipo de assunto.
Encerro com outra afirmação brilhante de Carlos Minc sobre a polêmica:
“São os eleitores que vão julgar se uma pessoa com esse nível de desequilíbrio está apta a exercer o governo do estado. Eu não vou processá-lo”.
É preciso manter a grandeza de espírito mesmo quando se é agredido.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Novidades

Caros amigos,
como vocês podem observar, este blog deu uma renovada no cabeçalho da página - que agora conta com uma foto do blogueiro (a pedidos). Aliás, a fotografia é de autoria do meu camarada Alex Jordan, e remete à cabine de imprensa do estádio Governador Roberto Santos (Metropolitano de Pituaçu).
Até o final do ano, este blog migrará para o meu site oficial[www.murilogitel.com], que já está sendo desenvolvido.
Abraços!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Rua dos Cataventos - por Mário Quintana*

Céu de Porto Alegre/Foto: Vejo tudo e não morro

Para Juliano, Geovane, Emerson e Jéferson (in memorian)

Gadêa... Pelichek... Sebastião... Lobo Alvim...
Ah, meus velhos camaradas!
Aonde foram vocês? Onde é que estão
Aquelas nossas ideiais noitadas?
Fiquei sozinho... Mas não creio, não,
Estejam nossas almas separadas!
Às vezes sinto aqui, nestas calçadas,
O passo amigo de vocês... E então

Não me constranjo de sentir-me alegre,
De amar a vida assim,
por mais que ela nos minta...
E no meu romantismo vagabundo
Eu sei que nestes céus de Porto Alegre
é para nós que inda São Pedro pinta
Os mais belos crepúsculos do mundo!...

*Excerto nº 14 do livro A Rua dos Cataventos. Porto Alegre: Globo, 1940; Editora da UFRGS, 1992.

domingo, 20 de setembro de 2009

Circo para poucos


No engarrafamento da Paralela, eu vejo os malabaristas do sinal vermelho.

Eles, os artistas da bola, do fogo e dos cocos são as crianças do Bairro da Paz.

As crianças do Bairro da Paz estiveram próximas e distantes do Cirque du Soleil.

Longe do público elegante, longe das pipocas caras e do estacionamento de carros bonitos.

As crianças do Bairro da Paz não vão ao circo, como as outras, porque precisam improvisar um circo no asfalto para sobreviver.

Filhas da miséria, elas não espalham para os amigos que estão próximas ou dentro do Cirque du Soleil.

É que a beleza do espetáculo é para poucos. Assim como a beleza da vida.

Dos parabéns ao vencedor


Não foi um jogo brilhante, o Vitória e Inter de sábado, 19 de setembro, no Barradão, mas foi uma boa partida. No primeiro tempo, o Internacional foi melhor, marcou os meias Leandro Domingues e Ramon por meio de Guinãzu e Sandro, manteve a posse de bola e criou as melhores chances de gol, todavia, deixou a objetividade de lado, deixando de fazer o mais importante do futebol: os gols. Alecsandro errou um gol incrível, graças a competência do bom goleiro colombiano Viáfara.

Já na segunda etapa, o rubro-negro baiano "passeou" em campo. O sistema 4-4-2 implantado pelo técnico Vágner Mancini vingou, a ponto de os meias colorados D'Alessandro e Andrezinho sucumbirem diante do poder de marcação dos volantes do Vitória, Vanderson e Uelliton. Como se não bastasse, este último abriu o marcador, depois de cobrança de escanteio perfeita de Ramon. O gol dos donos da casa abalou demais os gaúchos, que emocionalmente, se perderam em campo. Para completar, o zagueiro Índio fez um pênalti infantil em Róger, que converteu a cobrança e deu números finais ao jogo.

O Vitória, quase imbatível no Barradão (já que só o São Paulo o derrotou), não foi brilhante, mas mereceu de todo o triunfo.

Resta aos colorados, ainda na vice-liderança do Brasileirão, parabenizar a Polícia Militar da Bahia, em especial a Rondesp, pela escolta aos torcedores do time gaúcho desde o Centro de Tradições até o estádio. Nenhuma ocorrência policial foi registrada e a paz reinou.

Meus parabéns aos meus amigos queridos que torcem pelo Vitória, como Lívio, Vital e Dr. Araken.

O futebol é fascinante por isso. Nem sempre o melhor ganha.

sábado, 19 de setembro de 2009

Expectativa de um grande jogo

Vitória e Internacional possuem boas condições para protagonizarem um grande jogo neste sábado, 19 de setembro, a partir das 18h30, no estádio Barradão. O rubro-negro baiano joga em casa, onde tem sido praticamente invencível, afinal, só perdeu para o São Paulo em seus domínios, pelo Campeonato Brasileiro. Mais do que isso: vem de triunfo contra o líder da competição (3 a 2 sobre o Palmeiras), em partida realizada no último final de semana. Soma-se aí a situação complicada do rival Bahia na Série B. É uma tarde/noite para 25 mil pessoas na "toca do leão".
O Inter é o atual vice-líder do Brasileirão e chega a liderança até mesmo com um empate na partida de logo mais - já que o Palmeiras só joga na quarta-feira, 23. O colorado perdeu para o Cruzeiro no domingo passado, em Porto Alegre (3 a 2), e precisa de um bom resultado aqui em Salvador para continuar sonhando com o título. Ao seu lado, terá o apoio da imensa colônia gaúcha presente na capital baiana - em plena véspera da data que relembra a Revolução Farroupilha, celebrada amanhã, 20.
Time por time, penso que o Inter tem mais qualidade do que o Vitória, o que não garante os "três pontos" a ninguém, já sabemos. Não é a toa que o colorado briga pelo título, enquanto os baianos têm muitas dificuldades para sair de uma posição intermediária na tabela. Jogadores como o 'selecionável' Sandro, D'Alessandro, Andrezinho, Taison e Alecsandro podem decidir o jogo a qualquer momento. Do outro lado, os diferenciais são os meias Ramon e Leandro Domingues - ambos experientes e extremamente técnicos. Se estiver em um dia bom, o "el loko" Apodi, um lateral-direito inconstante, porém, de muita velocidade no apoio, pode acrescentar muito ao rubro-negro.
Os técnicos Vágner Mancini e Tite, do Vitória e do Internacional, respectivamente, escalaram suas equipes no tradicional 4-4-2, esquema de jogo que conta com dois volantes na contenção e dois meias ofensivos. Será que Domingues e Ramon produzirão mais do que D'Alessandro e Andrezinho? E mais a frente, Taison e Alecsandro terão mais vantagem sobre a defesa adversária do que Neto Berola e Roger? Será que o rubro-negro conseguirá conter as prováveis investidas de Kléber às costas do sempre ofensivo Apodi?
Esses e outros questionamentos só encontrarão respostas no Barradão, logo mais.
Quero ver de perto.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Um sábado especial


Este sábado, 19 de setembro, é um dia mais do que especial para os gaúchos que moram em Salvador, como este blogueiro que vos escreve - é um dia necessário. Em plena Semana Farroupilha, às vésperas do 20 de setembro, data em que a paz foi selada na Guerra dos Farrapos (1835-1845), o Internacional vem a capital baiana, para enfrentar o Vitória pelo Campeonato Brasileiro.

A programação inclui churrasco no Centro Gaúcho da Bahia, situado no bairro Boca do Rio, em Salvador. Depois do almoço, já por volta das 15h30, dois ônibus de viagem levarão os colorados até o estádio Manoel Barradas (Barradão), palco da 'peleia' entre gaúchos e baianos a partir das 18h30. A Polícia Militar da Bahia fará a nossa escolta tanto na ida como no retorno, como forma de prevenção a possíveis confrontos com os torcedores da casa (majoritários).

Trata-se de um dia muito especial, reafirmo. Um sábado para nós rio-grandenses ouvirmos a música da nossa terra, dividir os feitos de nossa gente, falar dos parentes que lá permanecem, e de todos os laços que nos unem a eterna Província de São Pedro.

Espero, sinceramente, que a paz reine no Barradão. Torço para que a civilidade esteja com rubro-negros e alvirrubros. Não há mais cabimento para os conflitos nos estádios. Precisamos estar desarmados. Queremos paz. Desejamos as belas jogadas de D'Alessandro, Taison, Ramon e Leandro Domingues. Festejaremos nossas cores e bandeiras preferidas, mas sem inflamarmos a fúria impulsiva do outro. Deixaremos os foguetes e demais explosivos de fora da festa, porque barulho algum deve ser mais efusivo do que o dos nossos gritos. Gritos de amor e de paz.

Paz semelhante a selada em Dom Pedrito (RS), terra dos meus avós, há 174 anos.

Nós precisamos é de uma revolução na mentalidade.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Crônica de um racismo desnudado por si mesmo

Por Carlos Eduardo Freitas [cadusongs@yahoo.com.br]

Aproveitando-se do ‘gancho jornalístico’, como diria um dos jargões da profissão, divagarei, em meia dúzia de linhas não tão tortuosas, nem tão pouco acertadas, minhas reflexões sobre a aprovação na Câmara dos Deputados, em Brasília, na semana passada, do Estatuto da Igualdade Racial – minimizado pelos caprichos senhoris da branquitude, agora oposicionista, dos velhos pe-fe-les (de PFL, hoje Democratas, ou apenas Demo, ops, DEM)!

Balizando minha fala por uma irrepreensível crítica de Edson Lopes Cardoso, do Jornal Irohin, gostaria de contar-lhes uma história real, mas que pareceria com roteiro do Casseta e Planeta, se não fosse o teor cruel por trás dele. Antes de qualquer coisa, destacarei a seguinte citação do artigo de Edson: "fato é que os negros vivem em um mundo em que se sabe de antemão muita coisa sobre eles. Impressiona a quantidade de informação que o olhar racista pode colher em um rosto negro. Os negros são no Brasil a evidência pública de um conjunto de delitos”.

Salvador, tradicional sol a pino, e uma viagem supostamente tranquila em um buzú – que os mais impolutos cismam em chamar de ônibus que faz o transporte público na capital baiana. Tudo ia bem até um jovem negro, aparentando ter uns 19 anos de idade, levantar-se da poltrona onde estava sentado ao fundo do coletivo, que saíra há sete minutos da Estação Mussurunga, rumo à Lapa.

O pânico se apoderou da maioria dos poucos passageiros (perdão pela gafe gramatical!) que viajavam naquele buzú. O jovem negro ficou próximo ao motorista, com cara de poucos amigos, em – como diriam os policiais – ‘atitude suspeita’. As mulheres agarravam suas bolsas, esbugalhavam os olhos, tremiam internamente. Esperavam que em uma fração de segundos aquele jovem anunciasse o assalto!

A tensão aumentara. O jovem puxou a cigarra, pedindo parada para o próximo ponto - um que dá acesso ao Bairro da Paz (estereotipadamente conhecido pelos soteropolitanos como um dos mais violentos da cidade). Os elementos colhidos, preconceituosamente, daquele rosto negro se concretizavam. ‘Ele olhava desconfiado para trás’, parecia mesmo que iria ‘aprontar algo’.

Momento de frio na barriga. O jovem negro se preparou para saltar do ônibus – ‘é agora’?! “Tcharam! Peguei vocês, hein! Estavam morrendo de medo, achando que eu ia assaltar o buzu, né?! Bonito!...” – aquele jovem negro esculachou em tom de ironia, deboche e repreensão. Ele, apenas, entrou no jogo racista daquelas mentes que o pré-julgavam e foi à forra quando viu a cara de bocós que eles fizeram ao perceberem-se desnudados em seu preconceito racial.

Sem mais.
*Carlos Eduardo Freitas é jornalista e escritor. Colabora com este Blog desde janeiro de 2009.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EcoD conquista o título do TOP BLOG 2009 na categoria Sustentabilidade

Fábio Góis, editor-chefe do EcoD recebe o troféu em cerimônia realizada em SPA lista era longa e variada. Durante cinco meses, 12 mil blogs de todo o Brasil foram avaliados por leitores e por um júri acadêmico especializado para decidir os TOP1 da blogosfera brasileira em 12 categorias distintas. A primeira edição do prêmio TOP BLOG foi concluída na noite do dia 12 de setembro, no auditório da Universidade Paulista do bairro Paraíso em São Paulo, quando reuniu centenas de blogueiros de diversas partes do país. O EcoD esteve presente e conquistou o reconhecimento com o título na categoria Sustentabilidade – Blog Corporativo, de acordo com a votação do Júri Acadêmico, e TOP 2 na Votação Popular.


Da esq. para a dir. Murilo Gitel, Priscila Letieres, Marina Martins e Clara Corrêa - equipe TOP 1.

O EcoD teve grande satisfação em poder concorrer nesta categoria e compartilhar com tantos parceiros a oportunidade de interagir com um público interessado e comprometido com o conteúdo voltado para a sustentabilidade. O resultado final é um verdadeiro estímulo por ter sido uma resposta de nossos leitores e de um júri especializado no formato que o portal EcoD oferece. É também um compromisso para seguirmos aperfeiçoando nosso trabalho e missão de levar informações sobre o desenvolvimento sustentável para o maior número de pessoas possíveis.

Em menos de um ano disponível na internet, o portal EcoDesenvolvimento.org já conquista o seu primeiro prêmio em nível nacional. Sem dúvida alguma, é uma satisfação enorme integrar este time de profissionais tão competentes, que não fazem jornalismo apenas para vender, mas sim para informar os cidadãos por meio de conteúdo de interesse público.

Sim, é possível.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Da série "Contos-Curtos-que-eu-publicaria-no-Twitter-mas-tenho preguiça"

Foto: sxc.hu
Decisão

Nunca se viram antes, mas aquele olhar trocado no ponto dispensava grande vivência.

Algo nele pedia que ficasse. Algo nela queria que ele ficasse. Mas ele entrou na lotação que veio.

Samba e amor...



Composição: Chico Buarque
Interpretação: Bebel Gilberto

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã

De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nossa cama, reclama
Do nosso eterno espreguiçar

No colo da bem vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?

Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Razões para preferir Nilmar

Espero que a atuação do atacante Nilmar na vitória da Seleção Brasileira diante da chilena, por 4x2, na noite desta quarta-feira, 9 de setembro, em Salvador, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa de 2010, tenha sido suficiente para o técnico Dunga entender que este jogador merece a vaga de titular ocupada até então por Robinho, ao lado de Luís Fabiano.

Foram três gols importantes e mais a participação no gol de Júlio Batista, fora a disposição e garra demonstradas durante toda a partida. Ao contrário do colega mais famoso, que tem jogado uma bolinha de dar sono há muito tempo, o participativo e eficiente Nilmar tem fome de bola, causa um verdadeiro alvoroço nas defesas adversárias e já balançou as redes inimigas 5 vezes, em apenas 6 chances que teve (convocações).

Robinho, que é dotado sim de grande potencial, precisa se preparar melhor para servir a Seleção Brasileira. Um tempo seria essencial, penso eu, até porque não vejo nem objetividade, tampouco tesão em vestir a camisa canarinho por parte desse jogador, que por sinal vive um mal momento em seu time, o Manchester City, da Inglaterra. Jogar só apoiado no nome não dá.

Dunga, se for menos teimoso e mais justo, dará a César o que é de César, até porque a convicção burra nada mais é do que a teimosia disfarçada.

Em tempo: hoje pela manhã, entre amigos que projetavam que Adriano seria o destaque do jogo, eu antecipava: que nada, prestem a atenção em Nilmar... Eles sorriram, e atribuíram minha opinião ao fato de que este último foi um dos grandes ídolos recentes do Internacional, clube de minha preferência.
Está aí.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Da série "Contos-Curtos-que-eu-publicaria-no-Twitter-mas-tenho preguiça"

Foto: Caucas


Ela queria ser feliz.

Hoje, ficaria contente se passasse num concurso público.

Crônica de uma policial exemplar ou quando a boa índole extrapola a farda e se torna exemplo geral

Soldado Andrade (à esq.)/Foto: Mônica NogueiraPor Carlos Eduardo Freitas* [cadusongs@yahoo.com.br]

‘Marcha soldado, cabeça de papel, se não marchar direito...”! Definitivamente, os tempos mudaram e os ‘soldadinhos de papel’ já não são mais os mesmos. Atualmente, salvo as raríssimas exceções, a população vive amedrontada, tanto com os bandidos, como com a atitude de certos policiais. Hoje, porém, o destaque será dado exatamente às raras exceções. Pois, no mundo dos valores distorcidos, quando nos deparamos com aqueles eu realmente valem, chegamos a nos espantar.

O fato, verídico, se deu em uma cidade que compõe a Região Metropolitana de Salvador: Camaçari. Com seus mais de 200 mil habitantes, o município, entre suas Glebas e seus Phocs, jamais poderia imaginar que, de tão inusitado, parecia irreal.

O sol se punha, dando ao final da tarde aquele ar de saudosismo magistral. Um degradé em tons brandos se formava no horizonte... E lá, em uma discreta rua do bairro estranhamente chamado de Lama Preta, os poucos raios de sol, que ainda restavam, refletiam uma luz advinda de uma bem asseada janela. Neste lugar, de uns poucos metros quadrados, não era apenas a limpeza que chamava a atenção, mas sim quem executava uma cuidadosa faxina: uma policial militar, fardada.


Foto: Mônica Nogueira

Mas, não era uma simples policial militar, era Cláudia Regina Andrade Jesus Souza - ou Soldado Andrade. Atenta ao movimento na rua, ela se desdobrava entre fazer seu papel de vigilante pela segurança da população e de zeladora (de quem zela, e não a figura chamada ‘diarista’) do seu ambiente de trabalho: o Módulo Policial do lugar. A Soldado Andrade bem que merecia uma medalha de honra ao mérito, pois fazia daquele módulo sem estrutura um local limpo e digno de ser habitado por seres humanos, de farda. Mas, ela preferia o anonimato da modéstia e ainda atribuía o ato de nobreza ao colega de plantão, o Soldado J. Souza.

É sabido que muitos agregados à corporação militar têm seus ‘pecados’, suas obscuridades. Mas, é enaltecedor para um cidadão comum, que paga suas contas e cumpre com suas obrigações cíveis presenciar tal cena. A Soldado Andrade, sem se preocupar com patente ou coisas derivadas, limpava os vidros do módulo, com perfeição. Coisa que não se vê acontecer no funcionalismo público ou mesmo em outros ambientes da própria polícia. Mas, Andrade, com os seus 35 anos de idade e 12 de profissão, casada, mãe de uma filha de 10 anos, não se assustava com sua própria atitude. Aquilo para ela era normal: “Faço isso, porque gosto de estar em ambientes limpos. Me preocupo com a impressão que as pessoas têm do meu ambiente de trabalho, mesmo sendo este um Módulo Policial”.

Surpreendendo ainda mais, a policial militar ainda afirmara: “Não perco minha autoridade policial por higienizar o lugar”. Como pensamentos assim fazem falta nos dias de hoje, nos dias de sujeira geral no Senado, nas CPIs e negociatas interpartidárias no nosso Brasil varonil... Claro que a organização Militar precisa ter seus funcionários que cuidem da faxina, mas, como diria um grande pensador: “Em terra de paca, tatu caminha dentro”. Traduzindo: na falta de estrutura, prevalece o bom senso e a boa vontade. Esta policial é um exemplo. Exemplo de como podemos ser resilientes e fazer das dificuldades um trampolim para mostrarmos nossa nobreza de espírito.

Essa história, repito, é verídica e foi retirada de uma matéria publicada em um jornal da Região Metropolitana de Salvador, o Camaçari Fatos e Fotos.


*Carlos Eduardo Freitas é jornalista. Colabora com este Blog desde janeiro de 2009.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Dei risada ao ler Sarney falar sobre democracia


Sempre me impressiona a capacidade que a Folha de S. Paulo possui para publicar editoriais e colunas repletas de baboseiras. Nesta sexta-feira, 28 de agosto, o brincalhão da vez é o "distinto" presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que conta com um espaço semanal no jornalão da família Frias. Imaginem que no texto de hoje, o "senhor feudal do Maranhão" comenta a situação das mulheres do Oriente Médio e, pasmem: disserta sobre a falta de democracia na região.

Eu pergunto: quem é José Sarney para falar em democracia? Ele já esteve, alguma vez, naquela região? Conversou com as mulheres de lá? Sabe, ao certo, como elas se sentem?

José Sarney, para quem não sabe, é filho da ditadura militar que assolou o Brasil durante mais de duas décadas (1964-1985). Sua família, tal qual um clã, governa o Maranhão com mãos de ferro há anos, porque, a exemplo do que acontecia aqui na Bahia até a queda de ACM [o avô], ela tem poder suficiente para controlar os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário do estado - tanto que derrubou, recentemente, o governo de Jackson Lago (PDT-MA), eleito pelo povo.

Não esqueçamos, também, de seu império de comunicação (que envolve jornal, rádio, TV e outros veículos). Logo, ele também monopoliza o chamado "quarto poder" por lá.


Sarney, dos atos-secretos, do nepotismo, dos escândalos de improbidade administrativa.

Sim, senhores, Sarney, "o democrata", escreve hoje sobre democracia na Folha de S. Paulo, jornal preferido da classe média tupiniquim.

O escritor libanês Gibran Khalil Gibran escreveu, há 70 anos, que "a bondade é a sombra de deus sobre os humanos". Eu, por minha vez, digo que a hipocrisia é a sombra da sujeira sobre eles.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Lei Rouanet, famosos e a tal de consciência

É mesmo polêmica a Lei Rouanet. Volta e meia, lá está ela envolvida em mais uma problemática embaraçosa. Será que foi mal elaborada? O problema está nas pessoas, que não a compreendem perfeitamente? Adianto que este post tem mais perguntas do que respostas, porque o negócio aqui é pensar e não estabelecer conclusões. Depois de Caetano, agora é Gilberto Gil quem está no olho do furacão. Mas, por qual razão?

Gilberto Gil, por meio de sua empresa, a Gege Produções Artísticas, pediu incentivo fiscal para a realização de dois shows e gravação do DVD Gil Luminoso. O valor solicitado? R$ 539.528. A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic) aprovou captação de R$ 445.362,50. Há algo de ilegal nisso? Não, não há. A lei não é restrita aos artistas desconhecidos do grande público, lembrou bem Juca Ferreira, ministro da Cultura, ao justificar a aprovação do pedido do ex-ministro. Pois é. Esse é um dos pontos a se considerar.

Artistas consagrados, com projetos viáveis economicamente (já que se referem a eles), deveriam ter direito a tamanho incentivo?

Eu penso, sinceramente, que não. Quer um motivo? As grandes empresas (Petrobras da vida e outras tantas) fazem questão de vincularem suas marcas aos artistas renomados. Então, por que deixar de empregar essa política pública para aqueles mais desprestigiados, que ralam muito mais na estrada?

Os defensores da Lei Rouanet, argumentam que seria uma espécie de discriminação e que a lei deve ser para todos. É um ponto de vista a se considerar, do qual eu respeito, mas não compactuo. Será que o Zé Violeiro de Periperi conseguirá ter o seu projetinho aprovado na Rouanet? Claro que não, afinal, ele não é Caetano, tampouco Gil. Não conta com produtores ávidos por excelentes oportunidades para deixarem de procurar apoio das empresas privadas.

O Zé não tem um nome na história da música brasileira e, do jeito que as coisas vão, dificilmente terá.

Esses grandes nomes como Caetano e Gil merecem, sim, o respeito de todos. Eles são importantes demais para a cultura brasileira e a musicalidade em todo o mundo. Não concordo que eles devem ser criminalizados. Aliás, a matéria da Folha sobre Gil na sexta-feira, 21 de agosto, sobre esse caso foi, no mínimo tendenciosa. A capa da Ilustrada só faltou dizer que o músico baiano estava cometendo um grande crime - houve sim, em relação ao texto da repórter, arroubos de sutileza, é claro. Mas, não é por aí.

Consciência

Se a lei tem brechas incoerentes, que ela seja alterada por uma mais congruente e justa. No entanto, acredito que os nomes já consagrados da música brasileira deveriam ter mais consciência social. Eles não deveriam permitir que seus produtores inscrevessem projetos na Lei Rouanet. Porque tem isso também, eles se dizem alheios a esse lado mercadológico, afirmam que desconhecem esses assuntos e que são os seus agentes que devem responder por essas situações.

Até entendo, de certo modo, mas tem um limite. Eles não podem ser alienados em todo o processo, dedicando-se, unicamente, a transmitir suas artes para o público. O caso de Gil, ainda mais que o de Caetano, é extremamente delicado. Ele foi ministro da Cultura recentemente e é amigo do atual chefe da pasta, Juca Ferreira. É óbvio que ele tem talento e nome suficientes para não precisar dos incentivos fiscais. Agora, fica um negócio constrangedor, a imprensa pega no pé mesmo, ao insinuar que a liberação foi feita por ingerência. Como dizer não a Gil? Como dizer não a Caetano?

É uma discussão que precisa ser aprofundada, porque estamos falando de dinheiro público e de desigualdade de condições para se ter acesso a ele. Aliás, este é um assunto que diz respeito a todas as áreas - inclusive a empresas de comunicação que contam com incentivo fiscal (muitas atuam por meio de concessões governamentais).

Em meio a insistência com Sarney, Edir Macedo e Gripe A (H1N1), bem que os profissionais de imprensa poderiam fazer um esforço para aprofundar esse debate.

Mas dá uma preguiiiiiiiiiççççççaaaaaaaaa!

domingo, 23 de agosto de 2009

Quer ver a Seleção Brasileira em Pituaçu? Prepare o bolso.

Foto: Marcelo Oliveira/Videoplay

Os preços dos ingressos para Brasil x Chile, partida que será realizada no estádio Governador Roberto Santos (Metropolitano de Pituaçu), em Salvador, no dia 9 de setembro, foram estabelecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no sábado, 22 de agosto. Os torcedores de Salvador terão de desembolsar R$ 100 para assistir ao jogo (válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010) das arquibancadas. Para este setor, o preço da meia-entrada para estudantes é de R$ 50.

Já o valor das cadeiras especiais é de R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia). Os preços para os jogos da Seleção Brasileira, na Bahia, estão maiores do que a última partida do Brasil aqui no país, contra o Paraguai, no Estádio do Arruda, em Recife. Na ocasião, o ingresso mais barato custou R$ 50 (inteira), enquanto que o mais caro também foi de R$ 250. O Estádio do Arruda tem capacidade para 55 mil espectadores, e vendeu todos os ingressos para o confronto realizado no último mês de junho.

As vendas começam dia 30 de agosto, das 09 às 17h.

Postos de Venda

Estádio Roberto Santos – Pituaçu
Av. Luís Viana Filho, s/n – Paralela

Ginásio Antônio Balbino - Balbininho
Ladeira da Fonte das Pedras, s/n – Nazaré

Salvador Shopping
Av. Tancredo Neves, 2.915 – Caminho das Árvores

Shopping Barra
Av. Centenário, 2.992 – Chame-Chame

Shopping Paralela
Av. Luís Viana Filho, 8.544 - Paralela

Vendas pela internet
FutebolCard – http://www.futebolcard.com/

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Clube da Esquina nº. 2 - com Flávio Venturini



Composição: Milton Nascimento, Márcio Borges e Lô Borges

Por que se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço, aço

Por que se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E os sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogêneos
Ficam calmos, calmos, calmos

E... lá se vai... mais um dia

E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz questão
E o coração na curva de um rio, rio, rio

E... lá se vai... mais um dia

E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver, então, a gente, gente, gente

E... lá se vai... mais um dia

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Sobre a música

Originalmente instrumental, a canção Clube da Esquina nº.2 foi composta, inicialmente, por Milton Nascimento e Lô Borges, em 1972. Ante a insistência da intérprete Nana Caymmi, o letrista, escritor e poeta Márcio Borges criou a letra da música, sem comunicar ao irmão Lô e ao amigo "Bituca". Em um primeiro momento, o gênio de Três Pontas (MG), Milton, não gostou nada da ideia, mas, devido a beleza dos versos, acabou cedendo, e permitindo a incorporação dos mesmos.

Esta canção já foi regravada por Milton Nascimento, Lô Borges e Solange Borges, Flávio Venturini, Cidade Negra e grupo Pique Novo.

Um laureado para o Jardim Aparecida

Com meu amigo, colega e colunista deste Blog, Alex JordanA noite de ontem foi, de fato, muito bonita. Além de ter sido graduado oficialmente, em nível institucional, Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, acabei laureado (para a minha surpresa) aluno com o melhor desempenho de todo o curso nesses 4 últimos anos, o que fez com que minha mãe quase tivesse um pirepaque do coração, no auditório Zélia Gattai do Centro Universitário Jorge Amado/UniJorge.
Ter recebido tamanho prêmio do coordenador do curso, o também jornalista e professor Bernardo Carvalho foi edificante, em meio aos aplausos e gritos dos colegas e demais presentes. É claro que eu dividi tal conquista com todos os camaradas de sala de aula, até porque fizemos muitos trabalhos em grupo, o que significa dizer que fui muito ajudado.
Sim, passou um longa-metragem em minha cabeça, como havia de ser. Eu penso que, naquele exato momento, eu estava representando, modestamente, a minha origem, o lugar onde fui criado e todos aqueles que acompanharam ou ainda acompanham a minha trajetória. Recordei dos meus amigos assassinados e dos que se perderam no tráfico de drogas, sem orientação alguma, sem vida, sem nada.
Não pude deixar de lembrar das páginas policiais dos jornais gaúchos, repletas de manchetes gigantescas sobre a vila Jardim Aparecida e a cidade de Alvorada (RS) - campeãs de homicídio, de assaltos, de tráfico, de casos de HIV, enfim, toda uma gama de calamidades sociais resultantes de diversos fatores. Agora não. Um filho desses lugares os representava de outra forma, um modo positivo, progressista, benéfico.
Em dezembro, quando eu visitarei o Rio Grande do Sul, em férias, quero mostrar a todos do lugar de onde eu vim que é possível. Em contato com as crianças e os jovens, direi que quem vem de lá também pode alçar vôos altos, desde que esteja disposto a resistir as adversidades, superar as limitações e se manter inocente.
Provar primeiro para si, e depois para todos os descrentes, que nós não precisamos da pena de ninguém.
Diante de tantas adversidades e desigualdades, precisamos despertar os guerreiros que estão em nós.
Nada mais.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Os degraus

Minha colação de grau, referente a conclusão do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo será realizada nesta quinta-feira, 20 de agosto, a partir das 19h, no auditório Zélia Gattai do Centro Universitário Jorge Amado/UniJorge, em Salvador.
A grande solenidade está marcada para 14 de outubro, no espaço Iemanjá do Centro de Convenções da capital baiana, o que significa dizer que o evento de logo mais à noite é o institucional, enquanto o outro, previsto para daqui a dois meses é simbólico, embora mais refinado.
Algumas pessoas me perguntam como estou me sentindo nesse exato momento. Respondo que não estou realizado, tampouco contente e/ou feliz. Eu penso que os sentimentos de realização, contentamento e felicidade são muito perigosos e, portanto, não faço questão de alimentá-los. Em verdade, não são sentimentos. São estados de espírito. Não sou feliz ou triste. Às vezes, estou feliz ou triste. O mesmo vale para os outros dois citados. Nada é tão constante. O mundo de ilusões não combina comigo. Eu jamais "estarei" realizado, conformado e satisfeito. São processos em construção constante.
Mas sei valorizar a importância do momento que se aproxima. A palavra é essa: é importante para a minha trajetória. Ainda mais quando se leva em conta de onde vim e como cheguei até aqui. Não é a toa que sou o primeiro universitário de minhas duas famílias (a materna e a paterna). É algo significativo, porque estou chegando a um patamar que eu considero mínimo, sim, mas que ao mesmo tempo ainda não havia sido alcançado pelos meus próximos.
Mas não será este o último degrau. E também não é o primeiro. Há pouco tempo, eu estava me formando no Jardim de Infância, lá na escola municipal da Barra da Lagoa, em Florianópolis (SC). Não faz muito que concluí o ensino fundamental, numa cerimônia realizada na Igreja de São José Operário, no centro de Alvorada (RS). Depois, veio o final do ensino médio, sob os olhares atentos dos oficiais do Colégio da Polícia Militar, na Av. Dendezeiros, no Bonfim, em Salvador. E agora, daqui a pouquinho, serei graduado no ensino superior, como jornalista.
É importante? É. Mas eu já estou pensando naqueles degraus que agora estão acima.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Marina defende que combate à crise deve ter foco no meio ambiente*

Foto: Wilson Dias/ABr
A senadora Marina Silva (PT-AC) considera que não há como separar a crise econômica da ambiental. A avaliação foi feita no sábado, 15 de agosto, em meio a um debate sobre clima e meio ambiente, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os trabalhadores rurais estão acampados em Brasília desde a última segunda-feira, 10, onde reivindicam melhorias para as famílias que vivem no campo.

“A crise econômica é grave e precisa ser enfrentada e resolvida e a crise ambiental também. Uma não é em oposição a outra. As coisas têm que ser integradas. Não que há de se por em oposição desenvolvimento e preservação. É parte da mesma equação”, observou a senadora.

No evento, Marina afirmou que a crise econômica mundial “agora bateu no teto” dos ricos, mas já existia para milhares de pessoas que morrem de Aids na África e para aqueles que vivem com menos de US$ 1 por dia, entre outras situações de pobreza.
Sucessor da senadora, o Brasil tem condições para iniciar um processo de desenvolvimento sustentável, o que acarretaria numa mudança de “envergadura civilizatória”. “Estamos diante de uma esquina ética. O nosso compromisso com as gerações futuras nos levará a duas decisões: ou não nos importamos com a possibilidade de inviabilizar a vida na Terra, ou nos importamos e começamos a fazer as mudanças que nós queremos ver no futuro”, alertou Marina.

Ela acrescentou que as pessoas acham que, para fazer algo que ainda não foi feito, tem que ser em oposição ao que já foi conquistado. “A vida não é assim. Os processos são cumulativos e tem que trabalhar com os acúmulos positivos de diferentes governos e períodos”, concluiu.

Presidenciável do "verde"?
Há cerca de duas semanas, a senadora petista foi convidada a se filiar pelo Partido Verde (PV). O objetivo do convite seria o de viabilizar a candidatura de Marina Silva à presidência da República em 2010 (a ministra Dilma Roussef deve ser a candidata do PT). A senadora já adiantou que deverá anunciar sua decisão nos próximos dias. “Não coloquei prazo, nem dia. Mas não quero prolongar esse anúncio porque não quero transformar isso em uma novela. Em respeito ao meu partido, que é o PT, ao PV e a mim mesma, justificou.
Na concepção de Marina Silva, nenhum partido irá hegemonizar o tema desenvolvimento sustentável, no entanto, ela considera que o PV tem proposto fazer uma discussão programática a respeito desse tema, colocando-o como estratégico. Apesar da quase ratificada troca partidária, a senadora desconversa quando o assunto é a presidência. “Não estamos falando de Presidência da República. A decisão que estou tomando é sair ou não do PT. O PV me fez um convite honroso e eu disse que não iria subordinar a minha decisão às duas coisas”, explicou.
Minc
Sucessor de Marina Silva no comando do Ministério do Meio Ambiente (MMA) a partir de 2008, o ministro Carlos Minc afirmou na sexta-feira, 14, que uma possível candidatura à presidência da República de parte da senadora Marina Silva traria uma perda política para o Partido dos Trabalhadores, mas, por outro lado, seria positiva para a discussão das questões ambientais.
Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

“Seguramente, ela, sendo candidata, claro que o PT perde, perde um quadro importante. Mas a discussão da questão ambiental vai ser muito grande”, ponderou, ao participar do 1º Congresso da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).

Na avaliação do ministro, com uma candidata ligada à militância ambiental, os outros aspirantes à presidência em 2010 teriam que levar em consideração o meio ambiente em suas plataformas eleitorais. “Eu acho que a questão ambiental, caso ela venha realmente a ser candidata, vai crescer e todos os candidatos terão que se reportar fortemente a essa questão”, projetou o ministro Minc. A saída de Marina Silva do MMA foi motivada por possíveis embates com a área econômica do governo federal.
*Com informações da Agência Brasil/publicada no portal EcoDesenvolvimento.org

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Precisando de emprego?

Imagem: Reprodução
Em meio as denúncias de improbidade administrativa contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), um criativo internauta de Sorocaba (SP) criou um site para que os internautas possam pedir emprego para o famoso "senhor do Maranhão". Criada em 7 de agosto, a página tem o nome de Sarney Jobs, e conta com o slogan "o jeito mais fácil de conseguir seu emprego".
Até às 16h48 desta quinta-feira, 13, já haviam sido feitas 2.125 visitas ao site. Destaquei para vocês três mensagens especiais dos pretendentes a um "trampo" no Senado e/ou "Casa dos Horrores". Vamos a elas:
A Alita Joaquina da Silva, de Juiz de Fora (MG), escreveu: "Sr. Sarney, quero um emprego no Senado. Obs: Quero ser lotada no gabinete do Senador Artur Virgilio, porque quero estudar Balé na Rússia".
Já o Arthur (calma! Não é o Virgílio!) Barreto, de Parnaíba (PI), solicitou: "Queria uma vaga de músico para ficar tocando a música do "Poderoso Chefão" toda vez que o senhor fica no senado- Salário R$ 25.000,00".
Como perguntar não ofende, o "Seu Futuro Neto" (ele assinou assim mesmo), de Fortaleza (CE), perguntou na cara-dura: "Será que o senhor não teria outra neta que vem acompanhada de um 'emprego'? O salário é só de R$ 5.000,00".

A assessoria de Sarney afirmou ao G1 que o presidente do Senado não iria comentar a iniciativa, mas afirmou que o site representa a "instrumentalização da internet como ferramenta de ataque político". A assessoria também lembrou que outras ações como a criação de um perfil falso de Sarney no site de relacionamentos Twitter já foi combatida e é investigada pela Polícia do Senado, mas que essas manifestações fazem parte da democracia.

Precisando de emprego?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"Meu pai era um visionário"*


Jorge Emanuel Reis Cajazeira nasceu em Salvador, Bahia, há 41 anos. O engenheiro mecânico com PHD em Administração de Empresas e Sustentabilidade trabalha na Suzano Papel Celulose há 17 anos, onde atualmente ocupa um cargo executivo, além de ter sido eleito, em 2004, presidente mundial do comitê de elaboração da ISO 26000 – Responsabilidade Social, que atua em 50 países e 60 organizações.
Meus pais não tiveram grande instrução nos estudos. Na verdade, eles não tiveram nem oportunidades para estudar. Meu pai era militar da Marinha do Brasil. Minha mãe teve instrução primária, apenas. Mas eles sempre me apoiaram muito nos estudos. Eu estudei no colégio Marista, num tempo em que aprender inglês era praticamente um capricho. Naquela época, “sobreviver” no mundo não exigia a obrigatoriedade do da língua estrangeira, mas veja, que mesmo assim, meu pai sempre fez questão que eu estudasse inglês desde cedo. Hoje eu vejo que, nesse sentido, meu pai era um visionário. Já pensou aonde eu chegaria sem estudar inglês? (risos)

Lembro que eu tive uma infância tranqüila, ali na região da Barra-Avenida. Eu fui criado ali. Eu sou natural de Salvador, inclusive. Meus pais é que vieram do Recôncavo. Meu pai era Cachoeira, já a minha mãe nasceu em Castro Alves.
Formei-me em Engenharia Mecânica, na Universidade Federal da Bahia. Depois disso, fiz mestrado e sou agora PHD em Administração de Empresas com ênfase em Sustentabilidade. É claro que eu não nasci sabendo o que é necessário saber a respeito desse tema. Estou há 17 anos na Suzano e, desde então, tenho me aprofundado cada vez mais no assunto, aprendendo mesmo, desenvolvendo essa especialização.

Se a Suzano não tivesse esse perfil de empresa responsável socialmente, certamente eu não estaria lá. Por que eu digo isso? Porque seria uma tremenda incoerência. Você não pode ter este perfil numa empresa sem ética alguma. Por isso é fundamental você ter o conhecimento de como funciona a filosofia, o pensamento da corporação. A Suzano tem origem judia. Foi uma família de judeus russos que a fundaram. Bem, normalmente os judeus têm no DNA esse quê de solidariedade, de retidão quando o assunto é o comportamento ético, certamente por causa de todas aquelas atrocidades que eles sofreram durante o nazismo. Então eles já começaram a empresa nesse clima de Responsabilidade Social Empresarial e eu fui me adaptando a isso. Eu não poderia ser um executivo focado nesse tema sem o aval da empresa. É isso.
Eu penso que a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é uma tendência e uma realidade. Senão, repare: qual é a empresa que resiste sem ela? Qual grupo tem resistido? A empresa que quer ser perene e permanecer como tal no mercado tem que ser ética e transparente com todos os públicos que se relaciona. Um exemplo é o meu Esporte Clube Bahia... Há quantos anos ele é mal gerido? Chegou ao ponto que chegou. Um time grande como o Bahia só fez cair, infelizmente. O Flamengo também é um bom exemplo. Há quantos anos esteve para cair para a segunda divisão. Agora vive um melhor momento. Por quê? Por causa de uma boa gestão. Quem não reconhece a RSE e permanece com uma postura antiética diante da sociedade pode até ganhar muito dinheiro em pouco tempo, mas não será perene. Vai cair. Vai acabar.

Confesso que penso em voltar para a Bahia, que é a minha terra. Eu acho que todo o mundo é mais ou menos assim, tem esse desejo de voltar um dia para o lugar de origem. Hoje estou aqui em São Paulo. Faço essa ponte aérea quase que todas as semanas, porque a minha esposa, meus filhos se mudaram há cerca de um ano para Salvador. Então, eu estou aí direto. Tem muitas coisas que me entristecem em Salvador. Eu observo muito a miséria. Vejo famílias inteiras nas sinaleiras. Isso é muito ruim. É muito triste. Há pouco tempo, levei um amigo meu norte-americano para conhecer o Pelourinho. Logo que chegamos, fomos surpreendidos por uma série de vendedores de sei lá o quê, que só faltaram agarrá-lo para oferecer seus produtos. Ele ficou apavorado. Não é para menos. Então, falta este tipo de preparo para a cidade. Eu fiquei envergonhado. Imagine a minha situação, tentando explicar para ele que, na verdade, são vendedores...
A ISO 26000 tem avançado muito. As discussões em todo o mundo caminham para uma linguagem comum e isso é muito bom. É legal também o patamar que o Brasil chegou nessa discussão. Antes, nós, os países em desenvolvimento, fazíamos a conta para que os países desenvolvidos pagassem... Era mais ou menos por aí. Hoje não. Nós estamos dando as cartas, somos protagonistas nessa discussão. Isso é muito importante.
*Entrevista que me foi concedida em novembro de 2008, publicada no portal EcoDesenvolvimento.org

domingo, 9 de agosto de 2009

Amor de Índio

sábado, 8 de agosto de 2009

Antes da partida

Imagem: fataetoile/Cinzia Rizzo torn tra una setimanna
Lúcio queria evitar a dramática, a derradeira despedida. Sabia que precisava partir, apenas, acometido por uma sensatez que, de certa forma, lhe machucava. As circunstâncias, pensava ele, deveriam ser consideradas por Cláudia. Sim, deveriam. Em um primeiro momento, ela fingiu concordar com aquela partida anunciada assim, tão abruptamente.

- Vá! Se for ser para o seu bem, para o seu futuro, vá, Lúcio!
- Eu preciso ir, será mesmo importante, mas...

Em seguida, os silêncios intermináveis ganhavam a cena. Eles eram comuns naquela relação estranha, embora intensa e muito bonita. E o casal caminhava assim pelas ruas da Cidade que Dorme, acompanhados por um silêncio profundo e perturbador. Ao mesmo tempo, Lúcio e Cláudia seguiam sem direção. Era sempre assim: eles gostavam de passear por caminhos incertos, sem um destino pré-definido. Caminhavam por caminhar. Eles estavam juntos. Nada mais importava.

Mas, com o passar do tempo, Lúcio ganhou uma oportunidade de vida melhor, chance esta que incluía a mudança de país, a reconstrução de planos, uma reviravolta fortuita. No entanto, Cláudia não poderia ir junto – não que ele impedisse. Em verdade, apesar do amor que sentia pelo rapaz, ela não queria deixar a família, tampouco a Cidade que Dorme, mesmo com todas as suas calamidades sociais e poucas perspectivas.

Rapidamente, a união do casal ficou estremecida. Eis o drama de Lúcio, um jovem que sobreviveu a uma realidade difícil numa das regiões periféricas do município onde houvera sido criado, mas, que, pela primeira vez, encontrava uma chance de progredir, galgar um futuro promissor, mesmo que para tal houvesse a necessidade de dolorosas renúncias.

Ao tomar conhecimento de que Lúcio estava decidido a ir embora, Cláudia ficou extremamente magoada, embora procurasse disfarçar aquele sentimento, para que o seu companheiro não percebesse tamanha tristeza. Mas não teve jeito. No silêncio de seu quarto, ela rasgou todas as cartas de amor que recebera durante os anos de relação entre os dois.

Tempos depois, implorou para que ele não telefonasse mais, deixasse de enviar e-mails, se esforçasse para esquecê-la definitivamente. Chegou a afirmar que fazia questão de não receber mais as crônicas de Lúcio, sempre tão admiradas e elogiadas, porque não as lia, e as achava mal escritas. Ele sorriu, sem acreditar.

Cláudia precisava recomeçar. Na sua concepção, o recomeço requer o esquecimento. Não há como dissociá-los.
E eles nunca mais se falaram.
E ela esqueceu o que ele lhe dissera antes da partida.

Eram só palavras. Ou não.

Dia Internacional dos Povos Indígenas é celebrado neste domingo*

Foto: armandoaanache

As Nações Unidas celebram neste domingo, 9 de agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Numa mensagem para marcar a data, o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, afirmou que comunidades em todo o mundo pedem desenvolvimento aliado à preservação da cultura e identidade das aldeias.

A indigenista, Samia Rogers Barbieri, afirmou à Rádio ONU, que os índios têm direito a se desenvolver como querem, o que inclui a adaptação à vida na cidade como qualquer outro cidadão, sem o risco de perder sua cultura.

Reconhecimento

"O indígena sabe que ele é diferente. Ele permanece como indígena. Mas ele vai ser, atualmente, o indígena médico, advogado, vai morar na cidade. E como ele conseguirá manter o seu reconhecimento? Esta questão de a gente dizer que ele não vai ser mais índio, vai perder a identidade, não procede. Ele sabe que ele é filho da mãe-terra, o que ele é e representa, que ele tem uma cosmovisão. Essa é uma questão da intelectualidade", defendeu.

Ecossistemas e Culturas

Segundo a ONU, os indígenas formam cerca de 5% da população mundial. Mas muitos povos vivem marginalizados e sem direitos básicos. Uma outra preocupação da Unesco é a destruição de ecossistemas e culturas que afetam os indígenas diretamente.

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, a Unesco voltou a pedir que a comunidade internacional promova um diálogo ainda mais genuíno com os índios de todo o mundo.

Ouça esta notícia em Podcast

*Com informações da Rádio ONU

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A mentira de Sarney

Charge: Zé DassilvaO presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), alvo de uma série de denúncias e suspeitas de improbidade administrativa, mente quando afirma que jamais processou jornalistas. Em nota divulgada na segunda-feira, 3 de agosto, ele procurou justificar o processo movido pelo seu filho contra o jornal O Estado de S.Paulo e afirmou "nunca ter processado jornalista algum". É mentira. De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o senador tem um considerável histórico nesse sentido.

São três ações contra o Jornal Pequeno, do Maranhão, e uma contra o colunista do Estadão e deputado de São Paulo João Mellão Neto. Os quatro processos se referem à publicação de matérias e/ou artigos sobre José Sarney. Lourival Marques Bogéa, diretor e proprietário do Jornal Pequeno, foi alvo de uma representação criminal movida por Sarney. O jornalista contou que seu pai, José Ribamar Bogéa, fundador do jornal, também foi processado pelo senador e acabou sendo condenado, mas foi absolvido em recurso no Supremo Tribunal Federal.

Reprodução portal Comunique-se


Em 1994, Sarney também processou o Jornal do Brasil pela publicação de matérias sobre suas propriedades, máfia dos anões do Orçamento e denúncias de corrupção. De acordo com o jornalista Dalcio Mata, que na época era editor-chefe do JB, a ação movida pelo senador por danos morais exigia, como indenização, o montante de dez vezes o valor arrecadado com a venda e publicidade dos jornais que circularam com as matérias contestadas por Sarney.

Eu penso que é vergonhoso para o Brasil ter José Sarney como presidente do Senado. É a prova de que o coronelismo e todas as suas facetas ainda possuem espaço na política brasileira. O erro começa na falta de educação e conhecimento do povo, que é quem elege gente como ele, Collor, Calheiros e cia ilimitada. Uma vez eleitos, esses personagens cheios de contravenções em suas trajetórias ainda ganham outros papéis de destaque na casa federal, o que torna cada vez mais difícil acreditar em seriedade e honestidade nesse universo de podres poderes.
Em relação ao mundo, o Brasil costuma reivindicar respeito. Mas é muito difícil respeitar o Brasil.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aniversário: Blog do Murilo Gitel completa 3 anos nesta quinta-feira

Foto: niso.russian
Parabéns a você! Este blog completa três anos de existência nesta quinta-feira, 6 de agosto, mas o grande responsável por essa conquista é quem o acessa, comenta e faz deste espaço uma revista eletrônica capaz de integrar a literatura e o jornalismo - áreas que estão mais próximas do que muita gente imagina.
Há exatos três anos, tentado pela colega Caroline Góes, criei um blog no Terra Portal, intitulado Ventanias, que passou por reformulações no lay-out até que eu migrasse o conteúdo publicado nele para o Blogspot, onde estamos agora, com mais aplicativos disponíveis (como vídeos direto no player, por exemplo). Atualmente, eu conto com as importantes colaborações dos jornalistas Alex Jordan e Carlos Eduardo Freitas, colunistas que muito me honram nessa parceria, em que são os leitores que lucram - por meio de suas saborosas crônicas.
A intensidade das postagens ainda não é a ideal, ao menos em relação ao que eu considero como mais adequado, até porque trabalho em dois lugares todos os dias e arranjar tempo é cada vez mais difícil. No entanto, esse fator tem registrado melhoras nos últimos meses e não tenho dúvidas de que logo os posts serão mais frequentes. O importante mesmo, gente, é que a qualidade daquilo que vocês lêem, escutam e vêem aqui permaneça intacta. Se eu demorar alguns dias para atualizar o blog, mas quando eu conseguir fazê-lo, vocês puderem refletir sobre algum assunto tratado, então, eu já estarei realizado.
Já estamos entre os 100 blogs mais acessados na área de comunicação em todo o país, segundo dados do Google Analytics e o parecer inicial do concurso Top Blog 2009.
Vocês fazem parte dessa conquista!
Muito obrigado!