sábado, 28 de fevereiro de 2009

Rumo à Ilha

Daqui a pouquinho, os jornalistas Adilton Borges, Carlos Eduardo Freitas, Alex Jordan e este blogueiro que vos escreve, chegarão à Mar Grande, na Ilha de Vera Cruz, para as primeiras filmagens do documentário sobre o distrito de Santo Amaro de Jiribatuba.
Serão cerca de 20 minutos de barco até o terminal marítimo e mais uns 25 de carro até o povoado - foco de nosso trabalho. Passaremos este final de semana por lá e retornaremos neste domingo, 1º de março, provavelmente no final do dia. A tendência é a de que voltemos ao lugar para mais uma rodada de filmagens entre os dias 13 e 14 deste mês.
Levamos duas câmeras filmadoras digitais com equipamento auxiliar completo, uma máquina fotográfica digital e, é claro, muitas idéias na cabeça.
Vocês poderão ver os primeiros resultados muito em breve, tanto aqui no Blog, como no Youtube.
Portanto, aguardem!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

2008 foi o ano mais frio do século 21, apesar do aquecimento global

Foto: @unickymousCom temperatura média global de 14,3 graus centígrados, o ano de 2008 foi o mais frio do século 21 - iniciado há nove anos. Quem garante são os especialistas em clima do Instituto de Estudos Espaciais Goddard da Nasa (Giss). No entanto, o resultado é menos animador do que aparenta, porque ao mesmo tempo, o ano passado esteve entre as nove temporadas mais quentes dos últimos 128 anos. O fenômeno La Niña seria o responsável por este relativo esfriamento, ao ter resfriado as águas do Oceano Pacífico. (Leia na íntegra no portal EcoDesenvolvimento)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O estranho título da Imperadores em Porto Alegre

Foto: Daniel Marenco/ClicRBS

Me soou estranho o anúncio do título da Imperadores do Samba, em Porto Alegre, há poucos minutos. O fato de o blogueiro ser um assumido torcedor de Bambas da Orgia não me deixa nem um pouco incomodado ao escrever isto, porque minha águia querida também não mereceu a conquista, em meu entendimento. Ademais, o título da vermelho e branco me agrada por um motivo: a escola da Av. Padre Cacique homenageou o centenário do Internacional, neste ano.

Mas o título deveria estar nas mãos de uma destas três agremiações: Imperatriz Dona Leopoldina, Império da Zona Norte ou União da Vila do IAPI. Tecnicamente falando, estas escolas foram melhores que as duas mais tradicionais da capital gaúcha: Bambas e Imperadores. O título desta segunda, é injusto, em minha opinião. A primeira foi bem avaliada, pois perdeu pontos de acordo com as falhas cometidas.

Por que penso dessa forma? Ora, a Imperadores pecou demais em seu enredo. Foi superficial, ao deixar de fora em seu desfile aspectos fundamentais da história centenária do Inter. Paulo Roberto Falcão, maior ídolo vivo do colorado, sequer foi citado, tampouco esteve presente na apresentação da vermelho e branco. E olhem que ele já foi tema-enredo da escola, por sinal campeã quando o homenageou...

Não esqueçamos que o enredo também se referia, em sua proposta inicial, ao cinquentenário de Imperadores do Samba, que também foi abordado muito por cima durante o desfile. E o samba-enredo? Me desculpem os excelentes e talentosos Alessandro e Leandro Antunes, compositores tradicionais da atual campeã, mas deixou muito a desejar em relação ao conteúdo histórico (pesquisa). O rolo-compressor - time memorável do Inter das décadas de 1940 e 50 sequer é citado! A equipe tricampeã de 70 tampouco. A letra é recheada de gritos da torcida colorada ("vamo, vamo Inter..."), algo dado, já existente, pouco criativo.

Em contraponto, o samba-enredo teve a virtude de ser de fácil acesso, dotado de uma boa melodia.

Irregularidade - E não vamos esquecer da irregularidade absurda que Imperadores do Samba cometeu, pelo fato de dois componentes da escola estarem trajando camisas de jogo do Internacional, exibindo o patrocinador do clube, o que é proibido pela Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e Rio Grande do Sul (Aecpars). Esta entidade deveria punir a escola com a perda de dez pontos - está lá no regulamento!!!

Mas, não. Mesmo com as representações judiciais dos diretores de outras escolas, a Imperadores não foi punida. A Aecpars ficou em cima do muro. Por que será? A lei deixou de ser cumprida para que a Imperadores, escola que só de apoio financeiro do Inter teve R$ 400 mil, fora a assessoria jurídica para se safar deste embróglio, fosse favorecida.

Em suma, a Imperadores do Samba deveria ser punida com menos dez pontos, além de perder pontos em fantasia, enredo e música-enredo. Só perdeu no quesito mestre-sala e porta-bandeira... Vergonhoso... E olhem que os jurados foram todos "importados" do Rio.

Meu feijão - Bambas da Orgia, por sua vez, mereceu a quinta colocação. O último carro alegórico da escola teve um sério problema, pois a cabeça da águia alusiva à Portela quebrou. Já a evolução foi prejudicada pela lentidão causada pela evolução no desfile. Quase que a azul e branco "estourava" o tempo. Foi uma correria só. No mais, é claro que a agremiação fez uma ótima apresentação.

Eu respeito demais as escolas de samba, sobretudo em Porto Alegre, porque sei das dificuldades que o povo carnavalesco passa para colocar sua escola do coração na avenida. É um sentimento muito forte que merece ser respeitado, este que diz respeito ao suor de cada um deles. Mas carnaval também é competição e eu não sou cego.

Penso que o título da Imperadores do Samba é vergonhoso para o carnaval de Porto Alegre e injusto. Escolas que tiveram apresentações tecnicamente perfeitas, mas que não são tão fortes politicamente foram duramente prejudicadas, como a Imperatriz, Império e IAPI.

Eu poderia fechar os olhos, até porque meu time do coração, o Inter, também foi campeão neste carnaval.

Mas eu não posso.

Protesto do Olodum (E lá vou eu...)





Composição: Tatau

Força e pudor
Liberdade ao povo do Pelô
Mãe que é mãe no parto sente dor
E lá vou eu

Declara a nação
Pelourinho contra a prostituição
Faz protesto, manifestação
E lá vou eu

Aqui se expandiu
E o terror já domina o Brasil
Faz denúncia Olodum, Pelourinho
E lá vou eu

Brasil liderança
Força e elite da poluição
Em destaque o terror, Cubatão
E lá vou eu

Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu

Brasil, nordestópia
Na Bahia existe Etiópia
Pro Nordeste o país vira as costas
E lá vou eu

Nós somos capazes
Pelourinho a verdade nos trás
Monumento Caboclo da Paz
E lá vou eu

Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu

Desmound tutu
Contra o Apartheid lá na África do Sul
Vem saudando o Nelson Mandela
O Olodum

Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu

Fronteira feita de cordas

Foto: ZitaKamugira
Por Carlos Eduardo Freitas* [cadusongs@yahoo.com.br]
A chuva caía em câmera lenta. Límpida e cristalina era ornada por raios de luz que saíam dos postes e de enormes caminhões sonoros e luminosos naquela noite de verão, perdida no tempo, na Soterópolis. O chão molhado era coberto por um tapete de garrafas PET de água mineral, vazias, amassadas. Latas de cerveja e refrigerante, pontas de cigarro e garrafinhas de vidro de Sminorff Ice completavam a alfombra.
À frente, acontecia um turbilhão de som, gente, suor e ambigüidades. Em meio à aglomeração palpitante, uma mão erguida, suada, com uma luva de lã, chamava a atenção. Um close a destacava. Era uma velha e firme mão. As veias alteradas criavam ondulações na pele.
Aquela ilustre, porém invisível – aos olhos das elites sociais - figura humana representava uma categoria de gente que realça, com a força dos braços, a fronteira sócio-cultural do carnaval de Salvador: os cordeiros. Ironicamente, eles têm que proteger àqueles que, na maioria das vezes, não os vêem. A divisa a qual são responsáveis é a linha tênue que reparte os milionários blocos carnavalescos do folião pipoca, e geralmente sem um tostão.
O salário por tão duro, às vezes violento e desigual quase ofício gira em torno de R$ 10, por dia. A jornada de trabalho?! Vamos lá, das sete da manhã as duas da madrugada, ou mais, está bom?! “Viva a Revolução do Axé Music”! Eles nem sempre são lembrados nem mostrados pelas famigeradas emissoras de televisão, que lucram generosas porções de dinheiro transmitindo os sete dias de folia, na capital dos baianos. Sem eles, porém, estes blocos não sairiam do lugar.
Depois dos dias de labor começa uma nova jornada, essa agora vem carregada de esperança: a de receber o miserável pagamento pelos dias de cordas puxadas.
*Carlos Eduardo Freitas é jornalista, assessor de imprensa da Associação dos Gestores Governamentais do Estado da Bahia e colaborador deste Blog desde janeiro de 2009.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O "Boa Tarde" do PM tem muito a nos dizer

Barra, circuito Dodô, quinto dia do carnaval de Salvador. Nas proximidades da Airosa Galvão, próximo ao Cristo, passo por aproximadamente dez policiais militares, que estão de prontidão na esquina. Observo um homem que se aproxima dos PMs, a princípio, para pedir uma informação. Ele está de carro. Ao ver a rua interditada pelos cones, ele se dirige a um militar e dispara:

- Meu irmão, eu preciso descarregar uma mercadoria naquele restaurante!

O policial olha bem para o sujeito e responde, num quase grito:

- BOA TARDE!!!

Eu dou risada da reação totalmente sem graça do "cidadão" e reflito: o "boa tarde" do PM tem muito a nos dizer.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

E nem tudo é Axé Music na terra da Axé Music...

Foto: Reginaldo Pereira/Agência A TardePois é, meus prezados amigos. Se engana quem pensa que, mesmo nos dias de carnaval, em plena Salvador, tudo por aqui respira os ares da Axé Music. Neste exato momento, quando escrevo este post aqui do bairro de Piatã, na Orla, posso ouvir muitos solos nervosos de guitarras pesadíssimas, 'rolos' de bateria à la Nirvana e gritos mais do que insanos dos vocalistas das bandas que participam do Palco do Rock - evento alternativo aos berros de "tira o pé do chão" e de toda aquela estética do culto às vogais, do tipo: Aê, Aê, Aê, Aê, ê, ê, ê, ê, ô, ô, ô, ô... Ou, ainda: Lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê ô...
Salve às tais "outras harmonias bonitas possíveis" de Caetano! Salve o samba! Salve o hip-hop! Salve o Palco do Rock!
Viva a diversidade!

Qualidade do ar nos camarotes e trios do carnaval de Salvador é analisada

Foto: Carolina BennerCarnaval, carnaval e carnaval. Desde à noite de quinta-feira, 19 de fevereiro, a cidade de Salvador, na Bahia, respira e transpira os festejos de momo, que farão a alegria de cerca de dois milhões de pessoas até a quarta-feira de cinzas. Durante os seis dias da maior festa popular do mundo, a quantidade de material particulado (poeira em suspensão) emitida na atmosfera por meio do óleo diesel, usado nos trios elétricos, será monitorada em uma ação conjunta de sete instituições. A novidade? O ar dos camarotes também será analisado. (Leia na íntegra no Portal EcoDesenvolvimento)

Circuito Dodô (Barra-Ondina) concentra 88,54% das ocorrências policiais

O saldo das ocorrências policiais no carnaval de Salvador, durante esta sexta-feira, 20 de fevereiro, indicou que o circuito Dodô (Barra-Ondina) concentrou 88,54% dos registros realizados pelos foliões no segundo dia de festa momesca. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram 131 registros distribuídos pelos três circuitos da folia, entre às 7h até à meia-noite: 116 no Dodô (Orla), nove no Osmar (Centro) e seis no Batatinha (Pelourinho).
Nesta sexta-feira, foram registrados 75 furtos, 11 roubos, três agressões físicas e quatro ocorrências devido ao porte e/ou uso de drogas.
Já na quinta-feira, 19, primeiro dia de carnaval em Salvador, a polícia militar registrou 86 prisões, sendo três em flagrante, e uma arma de fogo foi apreendida na Barra. Ademais, foram 67 ocorrências de furtos e oito de roubos. Também foram assinaladas 11 lesões corporais no circuito Dodô, três no Campo Grande e uma no Pelourinho.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Meu coração carnavalesco está em Porto Alegre

Imagem: site oficial da Bambas da Orgia




Meu coração carnavalesco está em Porto Alegre. Que ironia! Mas como é que o blogueiro tem coragem de fazer uma afirmação dessas, mesmo morando em Salvador - capital mundial dos festejos de momo? Pois é. O problema é que sou um aficcionado pelos desfiles das escolas de samba, em especial, pela minha Bambas da Orgia, águia altaneira, agremiação com o maior número de títulos conquistados, além de ter sido a pioneira, fundada em 6 de maio de 1940.


Boa parte de meus familiares sempre foram apaixonados por carnaval. Quantas vezes minha mãe, que é carioca (portelense lá no Rio), se viu preparando lanches durante o dia, a fim de levar minha irmã e eu para virar a noite na Av. Augusto de Carvalho, onde os desfiles das escolas de samba de Porto Alegre eram realizados até pouco tempo, antes da construção do Complexo Cultural do Porto Seco?


Eu já era fascinado pelo carnaval desde criança. Decorava os sambas-enredo de todas as escolas, analisava qual delas trazia os carros alegóricos mais gigantescos e belos, as fantasias mais bonitas, a criatividade da coreografia das comissões de frente, a sincronia das alas, a fluidez das harmonias, a sincronia e a leveza dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, a alegria emocionante das portas-estandartes (que foram abolidas do carnaval carioca), sem falar na riqueza histórica da velha guarda.

A bela Shaienne Sehnem - porta-estandarte da Bambas.
Eram bons tempos aqueles. Minha irmã sempre torceu para a Imperadores do Samba, maior rival da Bambas da Orgia. Quando a escola dela faturava o título, eu tinha que aturar todo o tipo de gozação possível: -Tua águia virou galinha", ironizava. Eu respondia: - Os jurados roubaram! O desfile da Bambas foi infinitamente melhor! Recordo de um samba do Carlos Medina, melhor intérprete do carnaval de Porto Alegre, cuja letra constata: Só tem um problema nesse amor/só tem um problema nesse amor: eu sou Bamba/eu sou Bamba/Ela é Imperador...
Mais 'crescidinho', lá estava eu cantando a música do Medina para as namoradas que torciam pela alvirrubra da Av. Padre Cacique... Mas, deixemos o meu saudosismo de lado! Não te ocuparei mais com ele. Começam daqui a pouco os desfiles do carnaval de Porto Alegre e é evidente que eu já estou com os ouvidos na Rádio Gaúcha, de olho na internet, acompanhando o que irá acontecer por lá neste primeiro dia de evento.
Futebol e carnaval - Aí está uma combinação que sempre procurei evitar, por entender que tratam-se de energias diferentes. No entanto, as convergências entre o carnaval e o futebol são muito comuns, e em Porto Alegre não é diferente. Geralmente, os torcedores do Internacional, que tem as cores vermelha e branca, torcem para a Imperadores do Samba, que veste as mesmas tonalidades. Os gremistas ( cores azul, preta e branca), costumam optar pela Bambas da Orgia - azul e branca.
Mas quis o destino, ou o coração, ou ambos, que eu fosse um colorado torcedor da Bambas da Orgia... O jornalista Paulo Sant'Ana, também foge à regra, sendo um gremista fanático pela Imperadores (ao menos não estou sozinho), mas essas combinações raramente são feitas. Para completar, a Bambas homenageou o centenário do Grêmio, em seu samba-enredo, em 2003 (tornando-se campeã), e a Imperadores, homenageará o Inter neste ano, mais precisamente, às 4h deste sábado.
Como é que eu fico nesse tipo de situação complicada? Em 2003, explico, não torci para o Grêmio (nem torcerei jamais!), mas para que a minha escola de samba do coração, Bambas da Orgia, fizesse um grande desfile e ganhasse o campeonato. Neste ano, torcerei sim, para que a Imperadores faça uma bela apresentação e honre a história centenária do Internacional. Mas eu desejo melhor sorte na avenida à Bambas, que, em se tratando de carnaval, tem a minha preferência.
Clara Nunes - Bambas da Orgia, soube daqui da Bahia, terá a eterna Clara Nunes como tema-enredo neste ano (desfila neste sábado). Como foram felizes os autores desta idéia, Sidnei Medeiros e Mário Nienow! A cantora mineira, conhecida como "A Deusa dos Orixás" contribuiu imensamente para a grandiosidade da Música Popular Brasileira. Que pena que foi morar tão cedo no céu... Encantadora, Clara foi dona de uma voz adocicada, marcante e extremamente afinada. O samba e o Brasil perderam demais com a sua ausência.
E como perdeu a Portela, também...
Bem, a ligação da Bambas com a Portela sempre foi muito intensa. Ambas vestem as cores azul e branca, e tem a águia como símbolo. Que o espírito iluminado de Clara Nunes possa abençoar cada componente da Bambas da Orgia no momento do desfile de sábado. E que a glória maior do carnaval de Porto Alegre em 2009, tenha o endereço mais ritmado da capital gaúcha: a Av. Voluntários da Pátria.
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O maior carnaval do mundo começa nesta quinta-feira: veja a programação dos blocos de samba

Foto: raizdedois Começou a folia! O carnaval de Salvador teve início na noite desta quinta-feira, 19 de fevereiro, e vai até a quarta-feira de cinzas. São aproximadamente dois milhões de pessoas nos principais circuitos da maior festa popular do mundo. Se você está na capital baiana e já cansou das atrações fabricadas pela poderosa "Indústria da Axé Music", fique por dentro de tudo o que o samba pretende fazer nos festejos de momo deste ano. A programação seguinte só diz respeito a este primeiro dia de carnaval.
Viva o samba no carnaval da Bahia!
Circuito Osmar (Campo Grande/Centro)
21h30
ALERTA GERAL
DUDU NOBRE E ARLINDO CRUZ
22h00
PAGODE TOTAL
RAÇA NEGRA / PAGODE TOTAL / GRUPO BAMBEIA
23h30
MILENAR
BELO E RODRIGUINHO
00h00
AMOR E PAIXÃO
NELSON RUFINO / BATIFUM
00h30
PROIBIDO PROIBIR & REVELAÇÃO
GRUPO REVELAÇÃO / FUNDO DE QUINTAL / ALMIRZINHO

Circuito Dodô (Barra)

00h30
MULEKEIRA / EXALTAMANIA
EXALTASAMBA

*Com informações do A Tarde On Line.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Nós não aprendemos a lição

Este polêmico caso da advogada brasileira que afirmou ter sido atacada por neonazistas na Suíça, nos traz uma reflexão a respeito da postura dos meios de comunicação brasileiros em relação ao caso.
Mais uma vez, a imprensa brasileira reproduziu a denúncia como verdade absoluta, antes de apurar as informações com o devido cuidado, checando todos os dados possíveis antes de produzir publicações levianas, característica clássica do chamado "denuncismo", que se opõe ao que conhecemos como Jornalismo Investigativo.
Antes de o caso ser encerrado, já sabemos, ao menos, que a brasileira sofre de mitomania - doença que faz com que seus dependentes criem o hábito de criar mitos, a fim de chamar a atenção das pessoas em sua volta.
Eu não estou dizendo que ela mentiu em relação às agressões, até porque as investigações ainda estão em andamento. Mas a advogada brasileira, tida inicialmente como vítima, mentiu diversas vezes, até mesmo para os próprios amigos, ao falsificar a ultrassonografia, por exemplo. A imprensa só chegou a essa conclusão depois de já ter sentenciado o caso.
Alguém aí lembra do caso da Escola Base?
A impressão que tenho é a de que não aprendemos a lição.

Do carisma de Lula

Foto: Wilson Dias/ABrO carisma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é algo de impressionante. Não por acaso ele ostenta uma popularidade tão alta diante da maioria dos brasileiros, mesmo no final de seu segundo mandato à frente do país. Nesta excelente foto do repórter fotográfico Wilson Dias, da Agência Brasil, vemos um Lula que brinca com crianças durante a cerimônia de entrega do Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social.
Como contraponto, nós temos a cara de poucos amigos da primeira dama Marisa, à sua esquerda, enquanto a presidenciável ministra Dilma Roussef parece pensar na "morte da bezerra"... Com a cabeça em 2010, ministra!!!???

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Comida para quem tem fome - Gentes in Lugares

Foto: Carlos Eduardo Freitas
Por Carlos Eduardo Freitas [cadusongs@yahoo.com.br]*
Quando a coroa lusitana aportou no antigo Bairro da Praia, lá nos idos de 1500, trazia consigo planos escabrosos de construção de uma cidade planejada, uma “Brasília do século XVI”, como descreverá em certa ocasião o escritor Edson Carneiro. O que a corte lusa não imaginava era que este lugar, nos dias atuais de crise financeira internacional, abrigaria em suas ruas-aterros-marítimos, um lugar que serve de entreposto para os clamores fulminantes de estômagos vazios.
O que era, em 29 de março de 1549, o Bairro da Praia, onde a Cidade do Salvador da Baía de Todos os Santos nasceu, hoje é o bairro do Comércio. Em um daqueles prédios da Avenida da França, logo cedo é possível ver uma movimentação de pedintes, vendedores ambulantes, idosos, gente com cara de quem vem de longe para passar o dia inteiro na cidade grande, no intuito de resolver todos os problemas que lhes faltam onde moram – exames médicos, previdência social, serviços de intermediação de mão-de-obra e tantos outros...
A partir das nove e meia da manhã, já é possível avistar uma fila indiana se formando. O que querem? Galgar uma vaguinha para aquilo que será servido das onze da manhã às duas e meia da tarde: 2.300 refeições populares. O Restaurante Popular do Comércio, mantido pelo governo estadual, oferece a muitos desvalidos de oportunidades, nessa idiossincrática sociedade um belo e saudável almoço, com direito a suco de 250ml e sobremesa, por apenas R$ 1. Isso mesmo, um real!
Já vi pessoas torcendo a cara quando alguém comenta algo sobre o restaurante. Do tipo: “Deus é mais! Nunca comerei num lugar destes”! Bôbo, não imagina o que está perdendo. Este blogueiro ainda não provou os três tipos de pratos servidos no tal estabelecimento. Mas, quem fica diariamente na fila não titubeia na hora de fazer propaganda do local: “o rango é uma maravilha. E ainda, é elaborado por nutricionistas”.
Quem acha que pagar em um self R$ 29,70, nos restaurantes chiques do mesmo bairro, é algo a ser comemorado, não sabe que são verdadeiros tolos. Esnobar este projeto que sacia a fome de quem não tem muitas outras coisas para se saciar é, no mínimo, estupidez. Viva o prato popular, viva ao Bairro da Praia, viva a Coroa portuguesa por ter planejado esta cidade que vive sendo “desplanejada”, por seus mais ilustres e sagazes moradores.
“Você tem fome de quê?”...

*Carlos Eduardo Freitas é jornalista, assessor de imprensa da Associação dos Gestores Governamentais do Estado da Bahia e colaborador deste Blog desde janeiro de 2009.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Partir do Alto" : um grupo de pagode católico

Foto: Divulgação
A idéia é um tanto inusitada, mas tem colhido bons frutos até aqui, porque dissemina a musicalidade e a paz. O grupo "Partir do Alto", de Salvador (BA), mistura os preceitos do catolicismo com as batucadas do pagode. Atualmente, essa meninada que vê na música um bom caminho para chegar até o divino participa de um concurso do programa Caldeirão do Hulk, da Rede Globo de Televisão.
Para que eles sejam selecionados, o maior número de votos possível é fundamental. Está a fim de dar essa força ao Partir do Alto? Então clique no link abaixo e contribua com o seu voto!



domingo, 15 de fevereiro de 2009

Torre Azul*

Foto: Camara EnteropencaPor Mário Quintana

É preciso construir uma torre

- uma torre azul para os suicidas.

Têm qualquer coisa de anjo esses suicidas voadores,

qualquer coisa de anjo que perdeu as asas.


É preciso construir-lhes um túnel

- um túnel sem fim e sem saída

e onde um trem viajasse eternamente

como uma nave em alto mar perdida.


É preciso construir uma torre...

É preciso construir um túnel...

É preciso morrer de puro,

puro amor!...


Publicado em Baú de Espantos. Rio de Janeiro: Globo, 1985.

Blog irá à Santo Amaro de Jiribatuba (BA) para realizar reportagens audiovisuais

Crédito da imagem de satélite: GoogleO Blog do Murilo Gitel trará novidades aos leitores nas próximas semanas. A produção audiovisual própria será implantada neste endereço eletrônico a partir deste ano, como eu já havia prometido em 2008. No dia 28 de fevereiro, a equipe formada pelo jornalista Carlos Eduardo Freitas, pelo estudante formando de jornalismo Alex Jordan e este blogueiro que vos escreve, estará em Santo Amaro de Jiribatuba, na Ilha de Vera Cruz (BA).

Nossa viagem visa a produção de um documentário sobre o local - extremamente rico culturalmente. Além do doc, produziremos matérias curtas para serem veiculadas aqui no blog.

Os nossos agradecimentos, desde já, pelo apoio da Paróquia de Jiribatuba, devido ao custeio de hospedagem, transporte e alimentação.

Ainda em março, estaremos na Ilha dos Frades, produzindo conteúdo audiovisual para todos vocês!

Portanto, fiquem atentos!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Brasil economiza R$ 4 bilhões com horário de verão


Reduzir o consumo de energia elétrica nos horários de pico, deixar de investir na construção de usinas geradoras e aproveitar melhor a capacidade de radiação dos recursos naturais. Estas são as principais vantagens do horário de verão, que terminará à 0h de domingo, 15 de fevereiro. Portanto, fique ligado: os relógios das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul deverão ser atrasados em uma hora. Nesta edição da medida, o Brasil economizou R$ 4 bilhões.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ouça o podcast: Murilo Gitel entrevista o jornalista Carlos Eduardo Freitas


Carlos Eduardo assina a coluna Gentes in Lugares

Os podcasts, registros de áudio para a veiculação na internet, estão de volta à este blog. Nesta sexta-feira, 13 de fevereiro, entrevistei o jornalista Carlos Eduardo Freitas - um dos autores do livro "Histórias de EVA: outra vez toque de recolher na Pedra do Buraco da Onça".

Dudu, como é mais conhecido, também assina a coluna Gentes in Lugares, todas as terças-feiras, aqui no blog. Ele comentou os bastidores do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que originou a obra sobre a Estrada Velha do Aeroporto (EVA), uma das regiões mais paradoxais de Salvador.

A entrevista foi dividida em duas partes.


Vou sair na Mudança...

Foto: Xando Pereira/Agência A Tarde do Garcia, é claro.

Afinal, existe outro bloco democrático no carnaval de Salvador?

Eu, sinceramente, desconheço.

Até tento fazer um grande esforço para não generalizar, mas, lamentavelmente, fracasso, e vejo todo o resto (camarotes e blocos) como uma versão atual das estruturas da Casa Grande e Senzala.

Cordas pra quê, minha gente? Cordas pra quem?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Espelho



Composição: João Nogueira
Interpretação: Diogo Nogueira

Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz

Eh, vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai (Bis)

Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás

Eh, vida à toa
Vai no tempo vai
E eu sem ter maldade
Na inocência de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (Bis)

E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já

Eh, vida voa
Vai no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar (Bis)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Uma história de não-baleiros - Gentes in Lugares

Por Carlos Eduardo Freitas [cadusongs@yahoo.com.br]

Local, Buzú! Mas, espera. Como este blog pertence a uma aldeia global, não está limitado à circunscrição dos verbetes populares soteropolitanos, vou logo traduzindo... “Buzú” é o equivalente mineiro à “balaio”... Sendo mais claro, se trata de um grande ônibus (geralmente) lotado, que faz o transporte público deficitário da capital dos baianos.

Voltando, então, à história, que nem começou direito por causo de um surto repentino de aposto, o tal buzú seguia mais ou menos cheio de passageiros cansados, após um dia inteiro de trabalho fastidioso, quando aquele menino adentrou, pela porta dianteira, àquele veículo.

Ele não tinha colete, exclamara, momentos depois, a passageira Saiba Marçal. O jovem aparentando ter 16 anos de idade, com um pacote de jujubas de hortelã nas mãos, quebrou o silêncio da viagem, com gritos enfurecidos e exortações ameaçadoras. Ele jogou os pacotinhos da guloseima no colo das pessoas presentes do buzú, mesmo a contragosto delas, intimidando-as com palavras de baixo calão.

Ninguém comprou nada, lógico. Descontente pelo infortúnio da campanha de venda sem êxito, o jovem desceu do ônibus xingando e praguejando.

O blá, blá, blá foi enorme após o episódio. O cobrador gritou de imediato: “conheço esse ‘mau-elemento’, ele mora próximo a meu bairro. Vive fumando crack e tenta sempre extorquir as pessoas”.

Na contramão desta cena, que infelizmente não é isolada, há os baleiros de verdade. Que fazem da atividade um verdadeiro ofício. Tiram a renda diária, o sustento da família, da venda dos doces, em buzús, estações e ruas de Salvador. Muitos ganham até R$ 600, por mês. São legalizados pela prefeitura local, têm coletes padronizados e dão verdadeiros shows de locução e exibição propagandística dos seus produtos.

Vai uma balinha de gengibre, aí?!

  • *Carlos Eduardo Freitas é jornalista, assessor de imprensa da Associação dos Gestores Governamentais do Estado da Bahia e colaborador deste Blog desde janeiro de 2009.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Blog do Murilo Gitel repercute em site espanhol

Eu navegava pelo Google agora há pouco, quando descobri que o Blog do Murilo Gitel foi citado no site espanhol Global Voices. A referência foi a respeito do post intitulado "Viva Cartola", datado de 11 de outubro de 2008, quando o sambista carioca completaria 100 anos de vida se ainda estivesse vivo.

"Quem pode querer ser feliz... se não for por um grande amor"


É. Se "Desenho de Giz", parceria dos geniais João Bosco e Abel Silva não tivesse sido composta há uns 30 anos, eu poderia dizer que os mestres provavelmente teriam se inspirado em momentos intensos como este vivido pelos jogadores do Milan.
O amor é lindo!

Igreja Universal mantém fotojornalista em cárcere privado

Foto: Samory Santos

Templo da Iurd em Salvador-BA: suntuosidade através da fé
O sub-editor de fotografia da Rede Anhanguera de Comunicação, Gustavo Magnusson, ficou cerca de meia hora preso dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, em Campinas, São Paulo. Ele foi impedido de sair por membros da Igreja após registrar imagens do desabamento de parte do teto do imóvel, na noite desta quarta-feira, 4 de fevereiro.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Quam fala o que quer...

Primeiro dia de aula. Os alunos observam o professor, que, por sua vez, observa os estudantes. Todos, de certa forma, estão um tanto apreensivos. É o último semestre, Trabalho de Conclusão de Curso chegando, enfim.
O professor, especializado em documentários, diz que irá exibir cenas de "Nascidos em Bordéis", um verdadeiro clássico do gênero. Ele comenta:
- É um trabalho belíssimo, que retrata a visão dos filhos de prostitutas indianas acerca do trabalho das mães.
Dito isto, uma colega tem um surto de "mamãe eu não sou deste mundo" e se sai com esta:
- Oxente, professor! E eu nem sabia que existia prostitutas na Índia!
O professor pensa em uma fração de segundo, ensaia uma risadinha sarcástica e dispara:
- Por que não? Você achou que isso é uma exclusividade da Jorge Amado???
A turma toda cai na gargalhada. A colega fica totalmente sem graça e aquela velha certeza do "quem fala o que quer, ouve o que não quer", faz-se presente com uma intensidade fora do comum.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

De volta às aulas

Estou de volta às aulas a partir da noite desta terça-feira, 3 de fevereiro. Foram quase dois meses de férias acadêmicas, o que me possibilitou boas cochiladas logo depois de chegar do trabalho. Agora, acabou a moleza. Será um semestre de intensa dedicação ao meu TCC, um livro-reportagem perfil sobre Benjamim Ferreira de Souza - um dos personagens mais marcantes da Bahia durante os anos de chumbo da ditadura militar.
Eu gosto destes ares acadêmicos. Considero este espaço uma casa de pensamento, onde a reflexão e as soluções para boa parte dos problemas de nossa sociedade precisam ser estimuladas. Chegar até aqui não foi nada fácil, como nada em minha vida. Me manter foi menos difícil, mas fiz por onde construir as pontes necessárias para a abertura de minha trajetória profissional, ao cultivar amigos e me mostrar interessado e apaixonado pelo jornalismo.
Nem parece que este é o último semestre e que estarei formado no meio do ano.
Parece até que foi ontem... O poeta estava certo: o tempo não para mesmo.

Cidade às avessas - Gentes in Lugares

Por Carlos Eduardo Freitas [cadusongs@yahoo.com.br]

O odor forte de urina envelhecida há três semanas irritava as narinas dos transeuntes. O aspecto sombrio, degradado, um verdadeiro submundo, dava ao local um aspecto asqueroso, reiterado pelas paredes cheias de lodo dos casarões antigos que ornam o lugar.

Sentado... Não! Deitado, em meio àquela mancha de uns seis metros de extensão da urina de vários dias, ao lado de uma lixeira que estava quase vazia, pois um vira-latas havia revirado-a por completo, estava ele, o Codorna. Codorna é um desses “Zé da Silva” e tantos outros que não gostamos de ver. É um daqueles seres humanos que dá arrepio só de olhar. O velho rosto lembrava um antigo ralador de verduras, repleto de sujeira.
Foto: Jorge Arquero

A barba era meio grisalha, meio amarronzada, pelos longos dias sem um bom asseio. Não dava para distinguir as roupas e a pele dele. Ambas estavam com uma crosta de barro. Os pés, rachados como as terras do sertão nordestino. Muita gente passava pelo local. A maioria não o via. A mão direita do pobre homem estendida parara uma jovem loira, cor clara, avermelhada pelo sol castigante da cidade do Salvador, naquela sexta-feira.

Assustada, a menina pensara que o “esmoler” lhe pedia uns trocados. Grande espanto, quando aquela trêmula mão, suja e suada, devolvia, num nobre gesto, o celular da garota, que havia acabado de cair. Ela, e todos que passavam pela calçada da histórica Rua Chile engoliram, à seco, tal briosa atitude do velho pedinte chamado Codorna. Êta cidade às avessas!

  • *Carlos Eduardo Freitas é jornalista, assessor de imprensa da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (Secri) e colaborador deste Blog desde janeiro de 2009.