quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um fã incondicional de certa calcinha preta


O cenário: a mesa de um bar no bairro do Rio Vermelho, em Salvador (BA).
Os personagens: Lúcio Sampaio e Alessandra Folguedo, ambos funcionários públicos e colegas de repartição.

O tempo: início de uma noite de abril, de 2009.

Eles conversam informalmente:

- Muito boa a sua ideia de sairmos do trabalho direto para esse choppinho gelado, ainda mais aqui no Rio Vermelho, bairro onde me sinto tão bem, Lúcio!

- Verdade, Alê! De vez em quando é bom respirar outros ares com os amigos, sair daquele verdadeiro inferno que é a repartição, tomar umas e outras e jogar conversa a fora...

- É isso. Olhe o garçom aí! Vai mais uma, amigo?

- Opa, vambora! Ô "meu primo", desce mais uma aqui pra gente!

- Só um minuto chefia!

Com pouco serviço para fazer, já que o bar estava praticamente vazio, o garçom foi obrigado a interromper as olhadelas para a calcinha preta e rendada de Alessandra, que aparecia de forma saliente pelo fato de a moça estar sentada, o que fazia com que a calça dela descesse até um pouco abaixo da cintura. O funcionário foi buscar mais uma gelada para o casal de amigos. A essa altura, Lúcio também já se dera conta da bela imagem que a peça íntima da colega proporcionava, embora conseguisse disfarçar de alguma forma. Todavia, o efeito que o álcool começava a fazer aguçava mais os seus sentidos insanos do instinto.

Nesse meio tempo, o dono do bar resolve colocar um de seus DVDs piratas comprados na passarela do Shopping Iguatemi para distrair seus parcos clientes. A atração? A banda de forró (?) Calcinha Preta, sucesso já consolidado em praticamente todas as paradas musicais do Norte-Nordeste brasileiro, e que ganha, cada vez mais, o mercado das cidades mais ao Sul do país, como por exemplo São Paulo.

- Aqui está a cerveja!

- Ah, sim. Muito obrigado!

Cervejinha vai, cervejinha vem, um 'golinho' lá, outro 'golão' acolá, conversas cruzadas queimando à pimenta, olhadelas de um lado, olhadinhas do outro também... E na TV posta bem perto da mesa onde o casal está, o som estridente da Calcinha Preta, com o seu brega influenciado pelo saudoso Waldick Soriano, o pai do estilo "Eu não sou cachorro não", apenas mais estilizado e produzido.

Ela pergunta:

- Lúcio, você é um cara bem eclético, não é verdade?

E ele, agora já sem o mínimo de pudor, olhando explicitamente a instigante lingerie da colega :

- Sou sim, Alê...

E ela, curtindo o show do DVD da banda de forró (?):

- E da Calcinha Preta, Lúcio, você gosta?

E o rapaz, com um sorriso desavergonhado, depois de um intervalo de cerca de dez segundos:

- Gosto, Alê, ah, se gosto... Rendada, então...

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