segunda-feira, 11 de maio de 2009

O TCC e os estudantes de Senhor do Bonfim

Prezados leitores,
sei que ultimamente tenho andado em dívida com todos vocês, afinal, as atualizações aqui do blog estão cada vez mais escassas. A culpa? Bem, certamente vocês já ouviram falar no tal Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), aquele que serve como requisito para nossa aprovação (ou não, como diria Caetano) no último semestre da faculdade.
Pois é. O TCC é capaz de nos tirar noites de sono, diminuir a libido e o bom-humor de boa parte dos mortais, e eu integro este time de famigerados. Mas fazer o quê? No dia 29 de maio, o livro-reportagem "Codinome 'Baixo': Comunista, Brasileiro, Revolucionário" estará depositado nas mãos dos professores-mestres que o analisarão até a segunda semana de junho, quando Alex Jordan e eu defenderemos a nossa obra diante da Banca Examinadora.
Por ora, apesar do cansaço, confesso a vocês que estou muito empolgado. Nesta segunda-feira, 11 de maio, o primeiro capítulo de nosso livro foi distribuído em uma escola pública do município de Senhor do Bonfim (BA), onde o nosso 'perfilado', Benjamim Ferreira de Souza, o "Baixo", morou durante muitos anos. Na manhã de hoje, Benjamim ministrou uma palestra sobre a experiência dele como militante de esquerda na ditadura militar (1964-1985) para os alunos deste colégio, e a primeira porção deste trabalho que Jordan e eu temos feito com tanto afinco já está nas mãos deles.
Como vivemos em um país de memória curta, e levando-se em conta que os nossos jovens estão cada vez mais distantes dos conteúdos capazes de acrescentar-lhes algum conhecimento proveitoso, digo que Jordan e eu não poderíamos ter recebido melhor notícia. Ele está lá, na companhia de Benjamim, e eu não pude ir por conta do trabalho, mas outras oportunidades surgirão.
Eu sei que a tal responsabilidade social anda distante de muitos colegas que vagam por aí na estrada. Mas defendo que ela deveria ser exercitada e aplicada diariamente nas redações e fora delas, porque eu desconheço o jornalismo que deixa de acrescentar valores positivos para a vida das pessoas. Quando me propuseram fazer o contrário, peguei meu boné e pedi as contas, ficando empregado em outro lugar menos de 24h depois...
Não posso me violar.

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