sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Clube da Esquina nº. 2 - com Flávio Venturini



Composição: Milton Nascimento, Márcio Borges e Lô Borges

Por que se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço, aço

Por que se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E os sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogêneos
Ficam calmos, calmos, calmos

E... lá se vai... mais um dia

E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz questão
E o coração na curva de um rio, rio, rio

E... lá se vai... mais um dia

E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver, então, a gente, gente, gente

E... lá se vai... mais um dia

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Sobre a música

Originalmente instrumental, a canção Clube da Esquina nº.2 foi composta, inicialmente, por Milton Nascimento e Lô Borges, em 1972. Ante a insistência da intérprete Nana Caymmi, o letrista, escritor e poeta Márcio Borges criou a letra da música, sem comunicar ao irmão Lô e ao amigo "Bituca". Em um primeiro momento, o gênio de Três Pontas (MG), Milton, não gostou nada da ideia, mas, devido a beleza dos versos, acabou cedendo, e permitindo a incorporação dos mesmos.

Esta canção já foi regravada por Milton Nascimento, Lô Borges e Solange Borges, Flávio Venturini, Cidade Negra e grupo Pique Novo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amigo, acho que não tem qualquer coisa a ver, mas toda vez que escuto essa música, o verso que fala do "coração na curva de um rio …" me lembra a minha cidade natal, Três Corações, que é perto de Três Pontas e banhada pelo Rio Verde, cujas curvas, em torno da cidade, desenham o que se pode ver como três corações. Abraços. Magno.

Murilo Gitel disse...

Então, Magno, pode ser que tenha algo a ver sim, já que o Márcio Borges, autor da letra, andou muito com o "Bituca" (Milton Nascimento) por essa região, na época da adolescência.

Li "Os sonhos não envelhecem - histórias do Clube da Esquina", do Márcio Borges, e ele não diz qualquer coisa a respeito. Mas pode ser que tenha relação.

O bom, Magno, é que essa canção é tão repleta de paz e imagens, que sempre é capaz de nos transportar para belos lugares, dentre os quais, a tua bela Três Corações.

Um forte abraço do amigo!