sábado, 22 de novembro de 2008

Humilde: Alex Jordan, colunista deste blog, pede "perdão" pela demora do texto... Perdoem o cara aí, galera!

Arte gráfica: Zeca de Souza


O cronista irreverente

Por Alex Jordan* [alexjordan341@hotmail.com]

Perdão! Não vejo outra maneira mais apropriada para iniciar este texto. É certo que as últimas semanas foram turbulentas, mas esse não foi o único motivo pelo qual fiquei esse tempo sem colocar uma vírgula sequer aqui. Uma indecisão sobre o que merecia virar texto se prorrogou por todo esse tempo.

Nesse período, muitas coisas aconteceram. Uma dor de barriga resultante de uma “ajuda” que dei, um convite para sair onde a figura levou o namorado, questões de reflexão, enfim, tinha muito sobre o que escrever. Este início de texto, por exemplo, já mudei dezenas de vezes.

O pior é que ainda não sei sobre o que escrever. Enquanto isso, o texto fica com cara de enrolação, mas, acreditem: essa não é essa a minha intenção... Pronto! Vou tentar me lembrar de situações que passei por esquecer algum detalhe ou coisa importante. Com certeza, foram muitas vezes. Verei se desta vez a minha memória resolve ajudar.

A primeira que me veio à mente foi o dia em que fiquei sozinho e tive que me virar na cozinha (se isso fosse um filme estaria passando agora um flashback). Achei que o bife estava mal passado e fui deixando no fogo. O resultado disso é que virei o “caçador de urubu do Atelier (local onde trabalho)”.

Agora, a cena se passa há quase 20 anos (nada de atrás, seria redundante). Eu, “distraído para a morte” como diria o canto do compositor pernambucano Otto - não sabe quem é? Já ouviu o grande hit Bob? Qualquer um que assistia MTV em 97, 98 lembra do “Ela é do tempo do Bob, é lá do pina de Copacabana...” – mas vamos voltar, antes que eu esqueça do que escrevia. Eu, guri, estava em um Caravan e esqueci o dedo próximo a porta. Quando meu tio percebeu que a porta estava aberta fechou-a e levei um aperto no dedo. Não sei como não perdi o dedo. Quem sabe eu não poderia com quatro dedos me tornar presidente? Piada estúpida, mas falar em menos um dedo e não lembrar de Lula... O curioso é que essa associação deveria ser com tentáculos. Desisto! Melhor esquecer que fiz essas piadas. Próxima!

Fiz um curso pré-vestibular em Abaeté. Lá, fiz algumas amizades. Sou campeão em falar o que não deve e é claro que nesse ambiente não seria diferente. Das amizades que construí, duas besteiras que falei em menos de cinco minutos infelizmente não saíram de minha memória. A primeira foi que conversando com um amigo, diaparei: “mas cavalo dado não se olha os dentes”. Até ai nada mal, não fosse o fato de que lhe faltava dois dentes da frente. Quando percebi, vi um grupo segurando o riso e foi toda aquela situação vexatória. Tentei mudar o rumo da prosa, falei do quanto perigoso era aquele caminho e alguém citou que se ao menos tivesse um policial o caminho seria mais seguro. Cai na asneira de falar mal de policial. Depois de um discurso inflamado, nem percebi os diversos sinais que várias pessoas faziam. Quando me dei conta, lembrei que uma das presentes era casada com um policial. Consegui a proeza de piorar as coisas. Emudeci.

Tem outras histórias que marcam a minha amnésia como a de esquecer de recados, de nomes de entrevistados, datas de entrega de trabalho, pagamentos, ligações e até troco em caixa de supermercado (felizmente a quantia era bem pequena...) A última mancada que minha memória pregou foi esquecer que 21/10, era uma data importante. Fica os parabéns com quase um mês de atraso a um verdadeiro amigo. Não vou citar o nome para não parecer rasgação de seda. Mais é uma pessoa que justifica a existência da palavra amizade.
*Alex Jordan é estudante do sétimo semestre de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo na Unijorge, onde também é estagiário do Atelier de Comunicação, em Salvador-BA. É colaborador deste blog desde 2007.

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