sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Antes do Suicídio

Se acaso morreres enquanto dormes
Não me desespera, ao despertar não mais revê-la
Há uma luz no céu que me faz ver-te estrela
Como um raiar de vida no lábaro que agora socorres
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Ademais, já sabeis, estrelas não morrem
Que bobagem! Brilham sempre, mesmo na escuridão celeste
E quando quem não é estrela de saudade se reveste
Resta, então, olhar pro alto, vendo os astros que se movem
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E eu não irei lamentar a escassez de brilho que tua falta causou
Aqui neste mundo de lama, de breu e de aço
Porque sempre te verei estrela, que brilha, mesmo sem ter abraço
Pois o amor não vive só dos afagos que deixou
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Mas, se por acaso, lembrares do mortal apaixonado
Que vive e morre por ti, que clama e que sofre à noite
Não vá brilhar assim, para todos, me pegaria de açoite
Seja uma estrela cadente e desça baixinho, para dormir ao meu lado

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