quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dá-lhessandro

Foto: reprodução
Ganhar do poderoso Boca Juniors é sempre uma missão quase impossível. Não há clube mais copeiro em toda a América do Sul, nem mesmo aqui neste que dizem ser "o país do futebol". Quando o adversário é o time de La Bombonéra, não importam as circunstâncias, se faz calor ou frio, se são os reservas ou os titulares e se quem o enfrentará é tão grandioso quanto.
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O clube do meu coração, o Internacional, já sofreu nas mãos (e pés...) dos argentinos do Boca. Foram duas vezes, na verdade, quando os gaúchos foram eliminados já na fase de mata-mata da Copa Sul-Americana, em 2004 e 2005. Nosso maior rival, o Grêmio, também penou com Los Hermanos, na finalíssima da Taça Libertadores de 2007. Detalhe: em pleno estádio Olímpico, em Porto Alegre, logo, somos fregueses deles, é uma triste constatação.
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Mas a noite desta quarta-feira, 22/10, deverá, penso eu, dar uma guinada neste decepcionante retrospecto entre brasileiros e argentinos. Inter e Boca se enfrentam a partir das 22h (horário de Brasília - verão), no Gigante da Beira-Rio, em partida válida pelas quartas-de-finais da Sul-Americana. O jogo de volta será lá, na terrível Bombonéra - o estádio em forma de caixa de bombons que faz o subúrbio de Buenos Aires estremecer.
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O colorado não é o mesmo de 2004 e 2005. Vale lembrar que o Inter foi campeão da América e Mundial há menos de dois anos, conquistando notoriedade em nível internacional. O clube tornou-se maior ainda e mais maduro. Tem jogadores acostumados a enfrentar situações difíceis como a de logo mais, portanto, também não será fácil para o Boca Juniors. Ademais, o Beira-Rio estará lotado, apesar da previsão de chuva fraca em Porto Alegre no horário do confronto.
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Outra atração para o embate desta noite será o argentino D'alessandro, meia do Internacional. Criado nas categorias de base do River Plate, o maior rival do Boca, ele afirmou que fará de tudo para ganhar o jogo de logo mais. "Siempre le quiero ganar a Boca", declarou o craque ao diário Olé.
A partida de logo mais é tão aguardada que a televisão fechada transmitirá o jogo para 70 países. Não é para menos. Estamos falando de dois campeões continentais e mundiais, que merecem todo o respeito e atenção.
Boca: esta noite, quero te ver.

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