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O atual prefeito, João Henrique (PMDB) disputará com o petista Walter Pinheiro.
São 23h49 e eu ainda estou na redação do Grupo Metrópole de comunicação. Estou trabalhando na cobertura destas eleições desde às 7h deste domingo, 5/10 (quase segunda-feira). Pela manhã, ao cobrir a comitiva dos Democratas nas seções eleitorais, tive a oportunidade de entrevistar o deputado ACM Neto, os senadores César Borges e ACM Júnior, o ex-governador Paulo Souto, além do governador Jaques Wagner, que acompanhou a primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça, no colégio Maristas.
Que festa da democracia! É claro que vi muitos pontos negativos nestas eleições aqui em Salvador. A cidade mais parecia viver um legítimo carnaval. Muito som alto, muita bebedeira, boca de urna, negligências por todos os lados. Tristeza no lado dos perdedores, alegria no lado dos vencedores, pois as eleições são como a vida, sobretudo no que diz respeito as nossas escolhas.
Depois de voltar a redação no início da tarde para redigir algumas das matérias que serão publicadas no Jornal da Metrópole Especial Eleições desta segunda-feira, 6/10, estive no comitê de ACM Neto, no Lucaia, cobrindo a coletiva do candidato.
Foi uma noite histórica. irei publicar as fotos nesta segunda-feira aqui no blog. Líder na maioria das pesquisas de intenção de voto, ACM Neto teve que admitir a derrota às 19h25. Admitir? Nem tanto. Ele se considerou vencedor pelo fato de ter feito 27% dos votos válidos em sua primeira eleição majoritária, mesmo sendo membro de um partido que faz oposição aos governos federal, estadual e municipal.
Neto tem razão. Ele tem apenas 29 anos e tem uma trajetória política cheia de perspectivas pela frente, desde que perca por completo o jeito truculento de fazer política, enraizado em seu DNA. Ele foi bem nos debates e demonstrou maturidade. Falta ainda comer mais feijão com arroz para lutar com os leões.
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O radialista Raimundo Varela e o ex-prefeito Antônio Imbassahy também tiveram derrotas devastadoras. O primeiro, que julgava conseguir eleger ACM neto apenas por causa de sua influência como comunicador, acabou ajudando a derrotá-lo. Ofereceu apoio ao "menino" em troca de sabe lá o quê, e acabou dando com os burros n'água. Já o neotucano, que conseguiu até mesmo a proeza de inventar que o radialista Mário Kértesz ofendeu a sua mulher, dona Márcia, seguiu uma linha descendente e, de favorito no início para chegar ao segundo turno, ficou apenas na quarta colocação, com míseros 8% para quem já foi prefeito duas vezes. É o preço para quem quer cutucar onça com vara curta.
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Por outro lado, este domingo também foi um dia de grandes vencedores. O truculento ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) é um deles. A vitória de João Henrique no primeiro turno confirma o seu poderio político na Bahia pós Antônio Carlos Magalhães. O prefeito JH cresceu demais nas últimas duas semanas. Não dá para negar que trata-se de um homem hábil na política. Na hora certa, trocou o famigerado PDT pelo poderoso PMDB, se fortaleceu e conseguiu viabilizar obras importantes para a cidade, mesmo que aos 45 do segundo tempo, há menos de um ano das eleições. Penso, sinceramente, que ele é favoritíssimo na briga pelo Thomé de Souza no segundo turno.
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E o que dizer de Walter Pinheiro? O centrado Pinheiro, que este blog já apontava como o "improvável que poderia acontecer" nos últimos dias terminou praticamente empatado com o prefeito neste primeiro turno (ambos com cerca de 30% dos votos válidos). Mesmo sem contar com o apoio explícito do presidente Lula e do governador Jaques Wagner, por conta da aliança petista com os peemedebistas, Pinheiro contou com a militância apaixonada do PT, que nunca pode ser menosprezada.
Neste exato momento, o Rio está mais Vermelho do que nunca, regado a muita cerveja, músicas underground's e muitas bandeiradas alvi-rubras.
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Que venha o segundo turno!
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