sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Soneto à DesAparecida

Minha Vila não é só bala perdida
É também a pedra que vira milagre, de Neruda
Minha gente é fogo e fé, gritou tanto, ficou muda
Mas haverá de aparecer, como não? Aparecida.

Minha Vila não é só gente sofrida
Mas, se for, há de encontrar flores
E brilho em casais de amores
Na esquina escondida.

Minha Vila não é mundo real
E por isso tenta crescer, sem poder
Em ilusões de mentalidades sem ser

Minha Vila não muda, sem mudar
Nem tão pouco fere, ao cair
Porque tem no povo, seu luzir

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