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A arquitetura da nova Fonte terá a influência do estádio de Hannover, na Alemanha.
Cobri a coletiva a respeito da reforma da Fonte Nova, realizada na sede da Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda da Bahia (Setre), nesta quarta-feira, 30/9, para o Jornal da Metrópole. Fiquei muito contente em encontrar colegas de faculdade por lá também, como Uilton Conceição, que está na Assessoria de Comunicação do órgão público e Débora Falcão, que virou repórter da TV Itapoan. É muito bacana vê-los trabalhando na área.
Por outro lado, alguns pontos apresentados no projeto, que será abraçado pela Setepla Engenharia, empresa sediada em São Paulo ficaram um tanto obscuros. O chefe de Gabinete do Governador, Fernando Schimidt falou na implantação de "novas funcionalidades" para o estádio, como, por exemplo, a construção de um shopping center e um estacionamento nos entornos da Fonte Nova. Sim, mas como, cara pálida?
O anel superior, onde ocorreu a tragédia de 25 de novembro de 2007, quando sete torcedores morreram será totalmente destruído, bem como parte da arquibancada inferior. No entanto, o objetivo do governo do Estado é reaproveitar o que se salvou da estrutura, promovendo uma revitalização e modernização do estádio.
No entanto, não podemos esquecer de alguns detalhes. O governador Jaques Wagner foi muito claro dois dias depois da tragédia: "Vamos apagar essa velha Fonte e proporcionar ao torcedor um estádio mais digno", declarou, além de deixar bem claro que o destino da Fonte seria a implosão. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, completou o coro. "Tenho a impressão de que Bahia x Vila nova foi o último ato deste grande palco do futebol baiano", afirmou. já o Conselho Nacional de Engenharia Civil condenou totalmente o estádio e colocou que o ideal seria a implosão, porque os custos (R$ 231 milhões) de uma reforma não compensariam.
E agora? Todos eles mudaram de idéia? Por que? Quais interesses estão por trás disso?
Também chama a atenção as reclamações de torcedores do Bahia a respeito do tema. Alguns colocam que a imprensa quer deixar o "tricolor de aço" sem praça esportiva para jogar, levando-se em consideração a lambança da reforma do estádio de Pituaçu. Mas o problema não é esse, meus caros. O problema é que estamos falando de dinheiro público, que sai do meu bolso e do seu também. Fala-se em vidas humanas, que foram ceifadas por incompetência e negligência de autoridades que deveriam ter ouvido o Ministério Público à época.
Não vamos deixar que a magia de uma Copa do Mundo de futebol no Brasil, em 2014 coloque uma venda nos nossos olhos.
2 comentários:
Pois é Murilão, como bem colocado por você, não podemos nos esquecer de todos os detalhes e interesses que cercam a reforma da velha Fonte Nova. Nós temos a terrível mania de esquecer das coisas, sobretudo quando algo é colocado como "mais importante". A pretenção de Salvador de sediar jogos da Copa é válida. A reforma ou a construção de uma nova Fonte Nova é necessária. Porém, isso não pode ser colocado acima da obrigação que o Estado tem de prestar certos esclarecimentos. Salvador é uma cidade muito atrasada em diversas áreas. E essa "modernização" tem de ser feita com rapidez sim, entretanto com responsabilidade.
Verdade, Danilo!
Valeu pelo acesso e o comentário!
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