No engarrafamento da Paralela, eu vejo os malabaristas do sinal vermelho.
Eles, os artistas da bola, do fogo e dos cocos são as crianças do Bairro da Paz.
As crianças do Bairro da Paz estiveram próximas e distantes do Cirque du Soleil.
Longe do público elegante, longe das pipocas caras e do estacionamento de carros bonitos.
As crianças do Bairro da Paz não vão ao circo, como as outras, porque precisam improvisar um circo no asfalto para sobreviver.
Filhas da miséria, elas não espalham para os amigos que estão próximas ou dentro do Cirque du Soleil.
É que a beleza do espetáculo é para poucos. Assim como a beleza da vida.
2 comentários:
Lindo, Murilo.
Uma constatação pertinente e necessária, nesse mundo de desigualdades.
Da sempre admiradora,
Karina
Obrigado pelo acesso e comentário, Káká!
Também te admiro muito.
E aquele site, sai ou não?
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