domingo, 12 de julho de 2009

Pequeno conto de um quase grande amor

Foto: S~revenge

Ana Letícia entrou no ônibus lotado, pagou a passagem ao cobrador e, em seguida, procurou um lugar no corredor do coletivo para se ajeitar: era algum mês de 1968.

Um rapaz perguntou se ela gostaria que ele segurasse sua sacola plástica durante a viagem, ao que Ana sinalizou positivamente com a cabeça.

No percurso, ela o fitou algumas vezes através do reflexo da janela. Pensou: além de interessante e bonito, educado...

Passados 35 anos, ao lado de um copo de whisky com guaraná, ela refletia:

- Aquele... Aquele rapaz que não mais vi, jamais foi meu grande amor.

Mas poderia ter sido.

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