quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Outras alusões

Já que o assunto desta noite de quarta-feira aqui no blog é a criatividade no jornalismo, alusões e etc e tal, relembro uma comparação que fiz entre o futebol e a ditadura militar, em um artigo para o site oficial do Galícia Esporte Clube. Já que o "azulino da Cruz de Santiago" comemorou neste ano o aniversário de quatro décadas de seu último título, citei o livro "1968: o ano que não terminou", do jornalista e escritor Zuenir Ventura, nos seguintes trechos:

"Num ano conturbado para a política brasileira, em plena ditadura militar e no ecoar dos gritos de liberdade dos movimentos de contra-cultura, um time entrava mais uma vez na história do futebol da Bahia. O Galícia do coração do compositor Tom Zé era, em 1968, a síntese da arte nas quatro linhas, seja em uma defesa fantástica de Dudinha, numa interceptação perfeita de Roberto, um desarme preciso de Josias, uma arrancada fulminante de Nelson ou nos gols de Carlinhos e Valtinho".
"Depois de 1968, o ano que não terminou, como diz o título do livro de Zuenir Ventura, o Galícia chegaria apenas aos vice-campeonatos de 1980 e 1995, além das duas conquistas na segunda divisão (ambas na década de 1980). No entanto, nesta era de tempos difíceis, relembrar e homenagear o passado de glórias serve de alento para o cuidado com o presente e a realização do futuro".

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