sábado, 6 de dezembro de 2008

Um manto de suspeita sobre o Brasileirão


Quando os árbitros de Goiás x São Paulo e Grêmio x Atlético-MG encerrarem esses jogos por volta das 18h (horário de Brasília) deste domingo, 7 de dezembro, não tenha dúvida: será uma choradeira só do lado perdedor. E olhem que o motivo do pranto não será apenas pelo fato de que uma das partes - São Paulo ou Grêmio - sairá derrotada e sem o sonhado caneco do Campeonato Brasileiro.
É que jornalistas da Sportv souberam neste sábado, 6, da existência de um certo envelope recheado de dinheiro que teria o árbitro Wagner Tardelli, que apitaria Goiás x São Paulo, como destinatário. O presentinho já foi interceptado (sei lá como) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que ainda não esclareceu o caso, embora tenha prometido apurá-lo e prestar um parecer na próxima segunda-feira.
Em nota, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira declarou que Tardelli não será mais o árbitro de Goiás x São Paulo, com o intuito de que ele seja preservado. Ao mesmo tempo, o manda-chuvas do órgão manifestou que a atitude não deve ser encarada como um indício de suspeita sobre o juiz.
O curioso de todo este embróglio as vésperas do domingo decisivo da competição foi o sorteio feito as pressas para a definição do árbitro que substituirá Tardelli no comando de Goiás x São Paulo. Foram indicados dois árbitros que acumulam erros grotescos em suas carreiras, visivelmente despreparados para um jogo que pode decidir o campeão brasileiro deste ano: Djalma Beltrami e Jaílson Macedo.
Macedo ganhou o sorteio. Ele, me lembro bem, não teve sequer a capacidade de apitar Galícia x Guanambi pela segunda divisão do Campeonato Baiano em 2007. Fez uma verdadeira lambança: inventou um pênalti, exagerou em expulsões e precisou sair escoltado pela Polícia Militar. Não tem condição alguma.
E agora, para completar, irá trabalhar neste domingo com uma imensa pressão na cabeça, por causa desta denúncia de manipulação em torno de uma competição que tinha tudo para acabar bem.
Mas que não acabará.

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