sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sul-Americana: Inter dentro, Grêmio fora

Foto: Divulgação/Vippcom


Guiñazu, Índio, Marcão e Bolívar se abraçam, depois do segundo gol.
Eu queria mais. Acredito que a maioria dos colorados também. No Gre-Nal 372, válido pela Copa Sul-Americana, disputado na noite desta quinta-feira, 28, no Olímpico, em Porto Alegre, Internacional e Grêmio empataram em 2x2, resultado que servia para os vermelhos avançar às oitavas de final da competição, por conta do saldo qualificado (gols fora de casa). Como também houve empate há duas semanas (1x1), no Beira-Rio, o time comandado pelo técnico Tite ganhou a vaga por ter feito mais gols na casa do adversário [2 contra 1] - primeiro critério de desempate.
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Mas, as circunstâncias da classificação é que não me agradam por inteiro. Vamos a elas. O Inter vencia o jogo por 2x0 e era extremamente superior no segundo tempo. Por que não manter o ímpeto e aplicar logo uma goleada para liquidar a fatura? Para quê recuar? O técnico colorado julgou que o melhor seria marcar mais em vez de jogar, explorando apenas os contra-ataques. Tirou o meia D'Alessandro para colocar Edinho, um volante de contenção. Deu no que deu. O comandante gremista, Celso Roth, fez o contrário. Tirou o primeiro homem do meio-campo, Rudnei para promover a entrada do atacante Perea. O tricolor gaúcho cresceu em campo, empatou no escore e poderia ter feito uma virada histórica, caso o clássico tivesse mais uns cinco minutos.
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O Grêmio tinha pouco a perder. Jogou com um time basicamente de reservas, com o objetivo de poupar os titulares para o Campeonato Brasileiro, do qual é o líder com considerável folga. Tudo bem, foi eliminado dentro de casa pelo maior rival em uma competição continental, mas sai de cabeça erguida, porque não foi derrotado em nenhum dos dois gre-nais, graças a capacidade fora do comum que este time do Inter tem de sair na frente do placar e ceder o empate depois. Foi assim nos outros dois clássicos de 2008. Foi assim contra o Flamengo, no último confronto pelo Brasileirão.
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Confesso que poderia ter sido pior caso o colorado fosse eliminado pelo Grêmio na noite desta quinta-feira.
Mas o Internacional precisará melhorar muito e jogar o que ainda não jogou, caso queira uma das quatro vagas à Libertadores do ano que vem, além do título da Sul-Americana. Para tal, Tite precisa ser menos retranqueiro para que ele perca esse medo absurdo de ganhar.

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