A versatilidade de Adriana Calcanhoto impressiona. Ela tocou violão, cuíca e flautim durante o espetáculo, sempre com uma qualidade e sensibilidade acima da média. A banda da musa da MPB também foi um show à parte, ao poupar nos arranjos, mas abusando da pegada percusiva. Todos os integrantes são muito polivalentes também, grandes músicos.
E Adriana Calcanhoto presenteou o público, como de praxe, com todo o seu carisma, talento e beleza. Humilde, ao final do show, cedeu ao apelo das pessoas que pediam bis e voltou ao palco por duas vezes. Cantou, ainda, "Eu sei que vou te amar" e "Sargaço Mar", esta última, um clássico do baiano Dorival Caymmi, num dos momentos mais marcantes da noite, quando o público acompanhou a cantora do início ao fim da canção.
Foi um dos poucos shows impecáveis a que estive presente nos últimos anos. Analisando todos os fatores, inclusive cenário, figurino, som e produção, só João Bosco esteve no mesmo nível. Ao final do espetáculo, não ouvi ninguém reclamando. Somente antes, devido aos 45 minutos de atraso, que geraram algumas vaias e muita ansiedade - eis aí um ponto que precisa ser corrigido em todos os shows: pontualidade também é um quesito importante.
Mas foi um showzaço. Importante para começar a semana revigorado, ouvidos purificados com a belíssima, suave e aguda voz de Adriana Calcanhoto.
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