segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Insônia

Foto: tati.ana


Na madrugada que não hesita
relembrar-me os erros de um tempo
Surgem mil desalentos, entre desenganados intentos
de uma submergida batida
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Pontualmente, eis que surge ela
Vem coberta por um veludo negro
assim como a majestosa noite
Porém, seu rosto, afirmo que nunca vejo
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Ah, fiel companheira
quem dera me revelasse
as centenas de faces dela
Por que me falas, se não te vejo?
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Dizes que lhe provoco
deitando sob o cristal de meu copo
todo o aroma de um café que almejo
E as recordações que trazes da moça que roubei o beijo?
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Injusta! Quantos rancores carregas contigo?
És tu que me inspiras às noites vadias,
às ruas sombrias, aos porres nos bares
Perseguindo-me pelos meus crimes ofertados nos teus altares
Consideras-me mais um basbaque
ou acolhes teu confidente amigo?
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Deixe-me ao menos ver o teu rosto
Já tens meus sentidos,
gemidos de outrora
Conheces meus sonhos, saudades, demoras
Eis que te dou os versos de um insensato moço



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