segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Quem pode, pode...

Crédito da imagem: O Aranha
As informações do jornal A Tarde e do site Política Livre dão conta de que os três senadores baianos gastaram nada mais (também pudera), nada menos que R$ 466 mil em 2008 com verbas indenizatórias. Cada senador tem direito a usar R$ 15 mil mensais em despesas como manutenção de escritório político, divulgação do mandato, contratação de consultorias e viagens que não sejam para os respectivos Estados. Ao final de cada ano, eles podem gastar R$ 180 mil.

Somadas, as despesas de Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM), César Borges (PR) e João Durval (PDT) representam 5,1% do total usado pelos 81 senadores brasileiros, que juntos gastaram cerca de R$ 9 milhões com o mecanismo. Segundo os dados da ONG Transparência Brasil, especializada em fiscalizar os gastos públicos, o senador César Borges foi o campeão de gastos em 2008: R$ 163.367,90 (90,8% do total permitido). Depois, vem João Durval, com gasto de R$ 161.765,73 (89,9% do permitido). Em seguida, ACM Júnior, que gastou R$ 141.127,83 (78,4%).

Para Fabiano Angélico, coordenador de projetos da Transparência Brasil, a verba indenizatória é considerada como uma "excrescência", pois trata-se de custos extras, somados às verbas de gabinetes e subsídios parlamentares. Cabe ao parlamentar escolher como investir o dinheiro, desde que seja nas áreas permitidas.

Viajando - Os 79 anos de idade do senador João Durval não foram, de forma alguma, um empecilho para que ele deixasse de conquistar o prêmio de "maior viajante da Casa em 2008". Também pudera: informações oficiais do site do Senado mostram que o pai do prefeito João Henrique foi reembolsado em R$ 117 mil devido às viagens no último ano.

A quantia teria sido usada para gastos com locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes durante as passagens do parlamentar fora de Brasília e do colégio eleitoral do senador.

Diz um dito popular: "quem pode, pode, quem não pode, se sacode..."

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