Diz quanto custa teu sorriso? Hummm..., saborear um bom acarajé, recém saído do tacho de dendê fervendo, é algo que não se pode deixar de fazer, ao passar por Salvador... É?! Mas por quê?
Os ditames da cultura da “Rede Verão da Bahia” cria certos ícones – apetrechos – que a naturalidade acaba por se exaurir completamente. Vejam as baianas de acarajé. Em tempos de gringos, aos tantos, nas ladeiras do Pelô, os tabuleiros viram coisas secundárias e o "marketing da extorsão" acaba por entrar na pauta de uma parte dessas quituteiras.
Outro dia, sol à pino, temperatura de 34 graus na terra do berimbau, sensação térmica de uns 40, e a gringalhada toda na maior aglomeração. Local, largo da Cruz Caída, Historic Center da cidade do Salvador. A onda tecnológica, cada vez mais globalizada, demarcava território. Não se sabe ao certo se havia mais gente ou apetrechos filmadores importados naquele local.
A baiana Sil estava atenta a um desatento turista. Ele fazia uma panorâmica da Praça da Sé, com sua filmadora digital, quando de repente: tcharam?!?!?!
Sil, com um sorriso escandalosamente irreverente pulou em frente à câmera do gringo e começou uma sessão de cinco minutos de beijos, tchauzinhos e piscadelas de olho. A baiana arretada abusava de toda sua malemolência, molejo faceiro e beleza para encantar aquele visitante estrangeiro.
Após a performance, Sil arregaçou o lastro da vestimenta típica das quituteiras de acarajé, retirou de dentro uma trouxinha e num universal gesto de friccionar o polegar, da mão direita, com o dedo indicador, apontando, após o gesto, o interior do saco de pano, obrigou indiretamente o cinegrafista-turista-amador a pagar pelo sorriso de segundos atrás.
É como dizem, “em terra de paca, tatu caminha dentro”!
Os ditames da cultura da “Rede Verão da Bahia” cria certos ícones – apetrechos – que a naturalidade acaba por se exaurir completamente. Vejam as baianas de acarajé. Em tempos de gringos, aos tantos, nas ladeiras do Pelô, os tabuleiros viram coisas secundárias e o "marketing da extorsão" acaba por entrar na pauta de uma parte dessas quituteiras.
Outro dia, sol à pino, temperatura de 34 graus na terra do berimbau, sensação térmica de uns 40, e a gringalhada toda na maior aglomeração. Local, largo da Cruz Caída, Historic Center da cidade do Salvador. A onda tecnológica, cada vez mais globalizada, demarcava território. Não se sabe ao certo se havia mais gente ou apetrechos filmadores importados naquele local.
A baiana Sil estava atenta a um desatento turista. Ele fazia uma panorâmica da Praça da Sé, com sua filmadora digital, quando de repente: tcharam?!?!?!
Sil, com um sorriso escandalosamente irreverente pulou em frente à câmera do gringo e começou uma sessão de cinco minutos de beijos, tchauzinhos e piscadelas de olho. A baiana arretada abusava de toda sua malemolência, molejo faceiro e beleza para encantar aquele visitante estrangeiro.
Após a performance, Sil arregaçou o lastro da vestimenta típica das quituteiras de acarajé, retirou de dentro uma trouxinha e num universal gesto de friccionar o polegar, da mão direita, com o dedo indicador, apontando, após o gesto, o interior do saco de pano, obrigou indiretamente o cinegrafista-turista-amador a pagar pelo sorriso de segundos atrás.
É como dizem, “em terra de paca, tatu caminha dentro”!
- *Carlos Eduardo Freitas é jornalista, assessor de imprensa da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (Secri) e colaborador deste Blog desde janeiro de 2009.
- Fale com o Dudu: cadusongs@yahoo.com.br
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