Por Mário Quintana
Hoje encontrei dentro de um livro
uma velha carta [amarelecida]
Rasguei-a, sem procurar ao menos saber de quem seria...
Eu tenho um medo horrível
A essas marés montantes do passado,
Com suas quilhas afundadas,
Com meus sucessivos cadávares
amarrados aos mastros [e gáveas...]
Ai de mim,
Ai de ti, ó velho mar profundo,
Eu venho sempre à tona de todos os naufrágios!
*Publicado em Apontamentos de história sobrenatural. Porto Alegre: Globo & Instituto Estadual do Livro, 1976.
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