segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O desabafo de Nestor Mendes Jr. deixou um véu de suspeitas no ar

Em artigo publicado no jornal A Tarde de sábado, 24 de janeiro, o jornalista Nestor Mendes Jr. comemorou o resultado do inquérito instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE-BA), que confirmou a dupla função exercida por Paulo Maracajá, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e, ao mesmo tempo, co-gestor do Esporte Clube Bahia. Mendes Jr. havia denunciado esta ilegalidade nos tempos em que disputou a presidência do tricolor.
"E, neste espaço, felicito a bravura do MP baiano na figura de dois dos seus integrantes, os procuradores Rita Tourinho e Carlos Frederico Brito dos Santos. Graças ao empenho e coragem pessoal dos dois, caiu oficialmente um dos maiores “muros” da Bahia: o que ocultava, embora até mesmo todas as pedras seculares do Pelourinho soubessem, a dupla função de Paulo Virgílio Maracajá Pereira", escreveu Mendes Jr.
Agora, ao ler o artigo na íntegra, me chamou a atenção o trecho em que o jornalista afirma que Paulo Maracajá também era escudado na "capacidade que tinha de comprar algumas vozes de alguns radialistas". O desabafo de Mendes Jr., nesse sentido, deixou um véu de suspeita entre os profissionais do rádio esportivo baiano, que, ao que me consta, não se pronunciaram até o momento - me corrijam se eu estiver errado.
Na afirmação de Nestor Mendes Jr. não há nomes citados, nem mais detalhes, o que, de certa forma, tira-lhe um pouco da credibilidade. Mas ele a fez com naturalidade, sem ainda ter sido contestado. Confesso que o melhor seria se soubéssemos os nomes desses radialistas supostamente comprados por Maracajá. Se Mendes Jr. não os revelou levando em conta os critérios éticos, ele faltaria com a ética ao levantar a suspeita, numa acusação indireta.
Quem são esses radialistas? Que silêncio é esse?




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